O MDB descobriu que precisa de dois objetos incompatíveis do mesmo sujeito e só conseguem distanciar o sujeito do objeto. A Nota que fez publicar ontem dispensa maiores explicações: o MDB “levando-se em consideração a responsabilidade que essa Agremiação Partidária tem para os destinos do Estado, bem como com toda população tocantinense e, em especial com seus quadros de candidatos, continuará marchando junto com a coligação definida na última convenção estadual”.
Traduzindo: o MDB vê em Amastha o melhor para o Estado e continua apoiando o ex-prefeito na sua candidatura ao governo do Estado, decidida em convenção. Como escrevi aqui ontem, era só beicinho do MDB a amplificação de que haveria uma revoada!!!! como fartamente divulgado com estardalhaço. Carlos Amastha, na verdade, não teria subido num comício da proporcional. Hoje, divulga-se que Marcelo Miranda é indiciado em mais um processo pelo MPF e PF. São os fatos resistindo e impondo sua ordem do dia.
O curioso da nota é que o MDB omite deliberadamente o fato que a provocou. Repudia, de forma geral, “fatos desagradáveis” contra importantes “líderes” do partido, sem citar Carlos Amastha e Marcelo Miranda. Um cuidado, evidentemente, político que nega, na verdade, a primeira reação emedebista.
O MDB ainda faz uma firula: informa que respeita os posicionamentos individuais e a opção eleitoral de cada um. Como se Junior Coimbra não tivesse disputado mandato de deputado federal em oposição a Marcelo Miranda ou Brito Miranda não tivesse apoiado Siqueira contra Freire Junior ou Moisés Avelino tenha detonado a campanha de João Cruz quando o próprio Derval defendia um chapão com Siqueira Campos em detrimento do candidato do seu partido, o MDB.
