Pois é, os “caminhoneiros” retornam hoje à normalidade. Conseguiram ontem um acordo com o governo federal para cumprimento de sua pauta que a “turma dos movimentos sociais” defendeu ontem com se fosse sua própria agenda.

Quando escrevi sobre isto ontem foi execrado pelos energúmenos de sempre. Os mesmos que, apesar de enfrentar uma fila quilométrica para abastecer seus veículos e via elevar o preço dos produtos alimentícios, tratavam a paralisação como um movimento cívico em favor do Brasil.

O Brasil foi ameaçado pelas transportadoras. O país já estava correndo o risco de desabastecimento de alimentos e combustível de veículos e de aviação já paravam o país. Mas tudo, conforme os ligeiros, valeria à pena: o preço dos combustíveis iria diminuir e por consequência reduziria os preços dos alimentos.

Não enxergavam que já ali quando levantavam seus picolés em defesa da paralisação de rodovias e do transporte, os preços dos combustíveis e dos alimentos já disparavam.

Resultado: o governo, como a população, foi submetida à chantagem dos transportadores de cargas. Na pauta aprovada, não se fala em gasolina. Só no que lhes interessa: redução da alíquota do óleo diesel, extinção de pedágio e até que a Conab os contrate sem licitação.

O governo se comprometeu, submetendo-se à pressão corporativa, num acordo de três páginas as seguintes medidas que “reduzirão” o preço da gasolina e do diesel.

1)reduzir a zero a alíquota da Cide em 2018, sobre o óleo díesel

2)manter a redução de 10% no valor do óleo diesel a preços da refinaria já praticados pela Petrobras nos próximos 30 dias

3) assegurar periodicidade mínima de 30 dias para eventuais reajustes do diesel

4) reeditar no dia 1º de junho a tabela de referência do frete do serviço do transporte

5) promover gestão aos Estados para isenção da tarifa de pedágio de caminhões vazios

6) autorizar a Conab a contratar transporte rodoviário de cargas sem licitação para até 30% de sua demanda de frete

7) não reonerar a folha de pagamento do setor de transporte de cargas

8) requerer a extinção das ações judiciais possessórias ou de qualquer outra natureza propostas pela União em face de entidades relacionadas ao movimento paredista dos caminhoneiros

9) buscar junto à Petrobras a oportunização aos transportadores autônimos à livre participação nas operações de transporte de cargas na qualidade de terceirizados das empresas transportadoras contratadas pela estatal.

É isso aí turma!!! Agora vamos incentivar as concessionárias de água e energia elétrica a fazerem o mesmo. Tudo pelo Brasil, Tudo pelo social, como diria José Sarney.

Deixe seu comentário:

Dando continuidade às vistorias nas unidades de saúde pública de Palmas, nesta quarta-feira, 19, promotores de Justiça e servidores do Ministério Público do Tocantins, aco...

As unidades do Judiciário de Araguaína estão em fase de mudança para o novo Fórum da cidade, mas algumas já iniciaram suas atividades. A Vara de Violência Doméstica, o Jui...

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, finalizou mais um curso para os funcionários da fazenda Dois Rios em Lagoa da confusão. Dessa vez a instrutora do SENAR Adeuma Bo...