Leio num desses portais que a Litucera teria realizado ontem um desmonte na cozinha do Hospital Geral de Palmas. A informação era que os caminhões deixavam o HGP cheios de objetos do hospital!!!! A medida (conforme a notícia fundada em depoimentos) iria prejudicar a alimentação de todos os pacientes. O leitor desinformado (ou de memória curta) logo diria: esses empresários são uns vagabundos, como podem fazer um negócio desses.

Não vejo na notícia o complemento: a Empresa recolhia o que lhes pertencia, dando cumprimento a uma decisão do desembargador Eurípedes Lamounier que havia determinado ao governo, sob pena de multa diária de R$ 300 mil e busca e apreensão, a entrega à empresa dos equipamentos que haviam sido expropriados pela Secretaria de Saúde há dois anos, sem razão legal que a assistisse, dado que o Estado não estava sob decreto de calamidade ou coisa semelhante para, por decreto, deter bem particular de uma empresa.

Ademais, já havia uma outra decisão do Tribunal de Justiça neste sentido e o governo há muito negligenciava o seu cumprimento. A Litucera, no entanto, continuava, como se deduz, sendo tratada ontem como a Geni da Saúde, como o fora em 2016 pelo governo, imprensa e instituições. Com êxito total de Marcus Musafir na malandragem consentida por tais.

Há dois anos (agosto de 2016) o governo deve R$ 80 milhões à Litucera e apropriou-se dos seus equipamentos. Ela fora forçada a romper o contrato para não ir à falência nem levar seus fornecedores à mesma situação de inadimplência pela falta de pagamento do governo. Os bancos também já não lhes emprestavam dinheiro para financiar o fornecimento de alimentação e lavanderia nos hospitais que fazia pelo governo.  Não conseguiu mais pagar sequer os juros.

O governo não pagou os R$ 80 milhões até hoje. No período, o ex-secretário Marcus Musafir contratou por R$ 14,4 milhões uma microempresa (de um servidor público e com capital de apenas R$ 150 mil) para servir alimentação nos hospitais e não devolveu os equipamentos da Litucera.

Evidente que a microempresa sendo contratada para o serviço e utilizando-se do capital de terceiros (máquinas) obteve lucros com a economia na contratação de equipamentos para prestar os serviços, obrigação prevista no pregão feito por Musafir. Ainda no período, o mesmo Musafir é acusado de fazer um pregão com superfaturamento de 15% nas compras de alimentos para os hospitais. Cobrar de Musafir e do governo? Que nada quando se tem a Litucera para bode expiatório. Uma excrescência pública o que se faz com o empresário e a empresa.

 

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