Há um movimento contrário a Carlos Amastha, ainda que submetido à lógica, capaz de provocar resultado diferente daquele que, a priori, se deduza ser o seu interesse.

Sem juízo de mérito acerca do objeto investigado pela Justiça Federal, a repercussão no meio político e redes sociais dessa questão do BRT/Prefeitura/Empresários esta semana ocorre com um delay de mais de 30 dias. Um cozidão daquele relatório da Polícia Federal que este blog publicou na íntegra em primeira mão. Não há qualquer novidade no processo em 30 dias no recesso judiciário.

E aí poder-se-ia raciocinar: o inquérito necessitaria de impulso para que MPF fizesse a denúncia e o Tribunal Regional Federal a aceitasse ou haveria indicadores de crescimento inesperado (e acima das previsões) da aceitação do prefeito no Estado na primeira semana de licença para a pré-campanha. Jabuti não sobe em árvore, como se sabe.

Em ambos os casos não estaria em jogo o interesse da população. No primeiro, é obrigação da PF/MPF/JF fazer a denúncia (ou não) a partir das provas e convicções e não por força de pressões políticas na sociedade induzidas por deduções circunstanciais e convenientes e que delas necessitasse como alavanca de apoio e impulsão.

No outro, Amastha possui cidadania brasileira, está no exercício regular de suas prerrogativas e, queira-se ou não, faz um trabalho reconhecido na cidade, ainda que houvesse opiniões divergentes. Deveria ser combatido, portanto, no que delimita o estado democrático direito. E não com subterfúgios aparentemente ilegítimos.

Ao buscar-se mais defeitos que qualidades em Amastha, isolando-os separadamente e dando-se- lhes pesos desiguais, provoca-se o senso comum e o bom senso onde a população é, deveras, sábia no entendimento. Ela importa-se mais com o que acha ser o certo do que com aquilo que lhes diga que o seja.

Sem prejuízo do raciocínio de que os eleitores enxerguem em Amastha justamente isto: haveria uma aliança suprapartidária para derrotá-lo quando esse poder soberano é de sua competência nas urnas.

Ou seja, uma aliança derrotando Amastha estaria, na verdade, derrotando o eleitor, subtraindo-lhe seu direito de escolha. Sem falar, evidentemente, na compaixão que o prefeito poderia angariar no uso do todos contra um.

Ademais, processo por processo, Marcelo Miranda é acionado pela Justiça praticamente todos os dias e não se vê uma campanha igual contra o Chefe do Executivo estadual, também candidato à reeleição.

Podem estar chocando o ovo da serpente que dizem combater.

 

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