A Polícia Militar deve cumprir nesta quarta a ordem de reintegração de posse dos apartamentos da 1.304 e 1.306 Sul, invadidos desde  o ano passado. Já há decisões de primeira e segunda instância que, até hoje, são proteladas pelas instituições. Os imóveis foram invadidos por 250 famílias comandadas pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia. São pessoas que se recusam a se cadastrar nos programas sociais da prefeitura, querem furar, na marra,  a fila daqueles que estão cadastrados e que certamente não são filiados ao MNLM, um braço do PT. Na sua reforma social particular, eliminam da frente aqueles (também considerados sem moradia) que se sujeitaram aos regulamentos das instituições. No fundo, corporificam o que dizia Padre Antônio Vieira de que aquele a quem convém mais do que é lícito, sempre quer mais do que convém.

Os líderes da invasão chegaram a proibir o trabalho de jornalistas na cobertura de suas movimentações. Reacionários por princípios que praticam uma democracia muito peculiar, circunscrita a seus interesses e conveniências. Alguns chegavam a ameaçar profissionais, como fartamente veiculado nas emissoras de TV, fecharam os prédios como se deles tivessem a propriedade e não fossem patrimônio público (e não do público),.  No final do ano passado, percebendo a compreensão da população acerca das intenções do movimento, estes mesmos líderes negaram a participação do MNLM. Uma mentira deslavada, hoje escancarada pelo coordenador do movimento, o ex-vereador Bismarque, que tem nas invasões urbanas o seu nicho de mercado eleitoral, na sua oposição a decisão da Prefeitura, a pouco mais de um ano das eleições municipais, de cumprir a decisão judicial, cumprindo o que lhe tocou pela justiça: disponibilizar transporte. Diga-se que a prefeitura chegou a propor um cadastro para os invasores, para encaixá-los na fila de outros empreendimentos. De 289 famílias, apenas 144 se dispuseram a cumprir o regulamento. Como se percebe, é caldo grosso e, não é impróprio raciocinar que uma confusão entre policiais e invasores nesta quarta terá suas cenas utilizadas na campanha eleitoral do próximo ano pelos tributários e lideranças do MNLM.

Os imóveis invadidos são públicos, já com destinação específica a “proletários” (na régua dos ditos esquerdistas, mas não do MNLM), só que, ao que parece, não alinhados à corrente ideológica do tal movimento. São pessoas normais, que enfrentam a burocracia e respeitam a legislação para obter os benefícios públicos, sem necessitar praticar crimes. Mesmo que, como tais, também carentes de moradias. Imagina se as 93 mil famílias que não tem casa no Estado saíssem por aí a invadir prédios públicos ou imóveis particulares, afrontando o direito de propriedade para fazer a sua reforma social particular?

O déficit habitacional na Capital hoje gira em torno de 12 mil moradias (dados da Secretaria de Habitação do Estado/2014). Até 2020, esse número deve alcançar a 35 mil moradias. De outro modo: o poder público e privado terão que disponibilizar 35 mil casas até daqui a quatro anos. Há, hoje, em Palmas, cerca de três mil imóveis em construção. É um processo que o MNLM quer atropelar com os seus militantes.  Como se o filiado do MNLM fizesse parte de uma tábua de categorias onde prevalecesse as suas vontades à regulação do Estado.

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