A votação obtida pela senadora Kátia Abreu (15%) é resultado de erros primários da parlamentar antes e durante a campanha eleitoral.

Kátia imaginou fazer campanha sem conversar com partidos. Perdeu o PT para o PSB de Amastha (um tempo de campanha eleitoral precioso) e não fez interlocução com outras legendas que tem maior representação no Estado.

Os candidatos e partidos dela se aproximavam para saber sua estratégia dado que parece ter dificuldade para negociação política que requer prudência e maturação de idéias.  E, principalmente, saber o que outro quer. Políticos raramente falam o que pensam e querem. É quase um método.

Talvez imaginando que pudesse fazer campanha e governar sozinha. Só que a eleição viria antes. Ninguém iria votar nela pelo seu passado, mas pelo presente e futuro.

No passado estava fincada sua elevada rejeição, impulsionada pelo modo pessoal e muito combatido de fazer política centrada mais em processos administrativos que na compreensão das pessoas.

Katia foi considerada a melhor ministra de Dilma, revolucionou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Orçamentos nacionais, conflituosos, difíceis e fundamentais para o país. Mas é uma mensagem mais técnica que política. Mais caneta que abraço. Mais burocrática que familiar. Não conseguiu realizar essa intercessão.

A entrega do cargo de vice-governador (em desfavor do PT) a um empresário que declarou à Justiça Eleitoral ter ganho R$ 80 milhões em onze anos num Estado onde 850 mil vivem na pobreza e extrema pobreza (como a própria Senadora amplificava na campanha), ainda que represente ganho lícito, estimulou outras conjecturas. Uma delas, de comércio de cargo público.

Chegou a incentivar a proposta de uma bancadinha, dividindo candidatos e partidos. Já discursava tratando o único deputado que a apoiava como o próximo presidente da Assembléia. Evidentemente que, com isto, afastava outros pretensos candidatos a deputado.

Ademais, era o mesmo PT o único partido que se tinha como certo na campanha de Kátia. Ela entretanto, como é notório, preferiu discutir aliança não com a executiva regional eleita do partido. E sim com os dirigentes que haviam perdido a eleição interna no PT, comandados por Donizetti Nogueira, da mesma corrente de Lula (que está preso) diretamente interessado na vacância do cargo de Senado. Ou seja, conversava com quem não tinha poder de decisão, não decidia, não comandava.

Daí não exercer qualquer influência no resultado a carta de Lula pedindo votos à Senadora. O PT é orgânico e já tinha sido empurrado pela própria Kátia, influenciada por seu suplente, a Amastha.

Não há invenção da roda em política.

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