O governo federal anunciou dentre as medidas de ajuste fiscal a suspensão reajustes salariais. No Estado, fora a data-base deste ano (ainda não regulamentada em lei pelo governo) a administração já tem um passivo de R$ 1 bilhão com servidores e outro R$ 1 bilhão com o Igeprev (aposentadoria dos servidores). E ainda os R$ 2,4 bilhões de déficit entre o que liquidou (recebeu do fornecedor) e o que pagou.

O governo quer um empréstimo de R$ 600 milhões (que exigirá mais recursos para novas prestações) devido ao comprometimento das receitas e pede renegociação de prestações de empréstimos anteriores por não ter como amortizá-las pelo mesmo motivo.

É um samba do crioulo doido. Nos números do Portal das Transparências do governo (ainda que os dados de agosto não estejam totalmente fechados) é possível destacar que a administração gastou (liquidou) com pessoal nos primeiros oito meses de 2017 um total de R$ 3,4 bilhões. É um valor menor que os R$ 3,6 bilhões anotados no mesmo período de 2016. Demonstra, certo modo, um avanço na sangria dos recursos públicos.

Mas há aí inconsistências. No mesmo período, enquanto alguma secretarias e poderes apertaram o cinto (gastaram menos) outras elevaram sua despesa com pessoal. No mesmo governo. Caso da Polícia Militar que liquidou com funcionários de janeiro a agosto deste ano R$ 373,3 milhões, contra os R$ 353 milhões do ano passado. Uma diferença, a maior, de R$ 20 milhões. Ou quase o valor mensal de uma data-base do quadro geral.

É uma discrepância relevante se considerarmos as reduções na Educação (que caiu de R$ 671 milhões para R$ 609  milhões), Saúde (baixou de 802 milhões para R$ 745 milhões). Segurança Pública (de R$ 206 milhões para R$ 183 milhões) e Fazenda (R$ 203 milhões para R$ 181 milhões).

Entre os poderes ocorreu o mesmo: o Tribunal de Justiça gastou de janeiro a agosto de 2017 (liquidou) com despesas com servidores um total de R$ 235  milhões, bem menor que os R$ 243 milhões do mesmo período do ano passado. A Assembléia reduziu de R$ 73,8 milhões para R$ 71,9 milhões, a Procuradoria Geral de Justiça de R$ 77,5 milhões para R$ 74,5 milhões, a Defensoria de R$ 52,3  milhões para R$ 50,1 milhões e o TCE baixou de R$ 57,2 milhões para R$ 51,4 milhões suas despesas com pessoal, comparando 2016 com  2017.

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