O ex-prefeito Carlos Amastha faz uso menos do fígado que do cérebro. Atrair o senador Vicentinho Alves e o ex-governador Marcelo Miranda (MDB e PR) faz dele, certamente, um adversário competitivo contra Mauro Carlesse. Por gravidade virão o PV, tempo de propaganda e fundo partidário ampliados.

Sabendo-se (e tendo-o como verdadeiro) que o Senador do PR aliou-se ao PSB impulsionado por Laurez Moreira, do PSDB, partido que já definiu-se pela reeleição do senador Ataides de Oliveira, é provável, assim, que se tenha aí uma chapa majoritária, restando uma vaga para o PT na vice-governadoria. Por afinidade, estratégia e razoabilidade, caberia aí o deputado estadual Paulo Mourão. Mas o PT é imprevisível.

Ao grupo da senadora Kátia Abreu (PSD, PDT e que tais) restariam vagas na proporcional considerando as rusgas da semana passada entre um e outro vazadas na imprensa. Ou formar a sua própria chapa. Aliás, na pré-campanha da Suplementar aliados da Senadora pregavam a formação de uma chapa proporcional pura, que denominaram de “Chapinha”. Deu chabu por pura lógica. Um movimento excludente quando as circunstâncias requereriam inclusão.

Mauro Carlesse, como é notório, não venceu as eleições por impulso político-partidário. A volumosa abstenção/nulos/brancos é resultado, grosso modo, da inércia dos líderes partidários dos seus adversários nos municípios no segundo turno. No vácuo, prevaleceu a cooptação de votos, nem sempre legítimas ou legais. No primeiro turno, a oposição foi dividida e não conseguiu demonstrar aos eleitores que queriam votar os equívocos que enxergavam no então governador interino. Passou a brigar com ela mesma, oposição contra oposição.

Se com menor número de partidos e sem fazer campanha em todo o Estado (colocou estrutura em meia dezena de cidades) saiu com 21% dos votos no primeiro turno, somando agora os partidos no seu palanque, Carlos Amastha pode enfrentar a máquina com grandes possibilidades de êxito.

Ah, LA, mas Amastha está contradizendo seu próprio discurso. Óbvio!!! Mas também governos eleitos sob uma ordem ideológica coerente dizem que seguirão os princípios morais na administração da coisa pública. A roubalheira e a falência do Estado estão aí para comprovar seus êxitos. Mais prejudiciais à população que estratégias político-partidárias de construção de candidaturas por apenas, a priori, contrariar ideologias colocadas e não as leis.

Tal como na vida, na política as pessoas tem direito de mudar de opinião, retroceder para avançar. Conflitos ideológicos ficam para a militância e cientistas políticos. Carlesse, por exemplo, diz buscar a coerência tendo como monitor o ex-governador Siqueira Campos e o deputado Eduardo Siqueira. Também responsáveis por parte de tudo que está aí e não é criticado por isto. Nem deveria. É a democracia.

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