Evidente que o cidadão comum tem dificuldades para entender e, por consequência, compreender, do ponto de vista racional, por que os militares devem ser investigados por seus colegas de farda quando praticam crimes (homicídios por exemplo) contra civis.

E eles o fazem autorizados por uma lei do regime militar consentida até hoje no regime democrático sem qualquer mudança por parte de deputados federais e senadores. Não a enfrentam, deduzo, para não incomodar os militares, resquícios dos governos defendidos por Jair Bolsonaro.

Ainda que não represente a regra, as exceções de investigação na PM de servidores públicos apurando colegas, tendem a dar ao acusado a largueza do “reação à injusta agressão” para justificar a eliminação de bandidos, assim considerados, e com o aval de setores da sociedade em desfavor do estado democrático de direito num país onde a legislação não prevê a pena de morte. Muito menos de esquadrões da morte.

Daí a relevância da discussão que se dá entre o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado e o Comando da PM. As mortes de “bandidos” ocorrem de forma sistêmica no Estado. Agentes e escrivães, não raro, reclamam (inclusive a este blog) das abordagens com mortes feitas por policiais militares e as pressões exercidas nas delegacias na hora do registro da ocorrência.

A reação da PM (como vai no Jornal do Tocantins desta quarta) de que os PMs não julgam PMs, apenas os investigam, é de uma ligeireza inominável. Tenta escamotear que o julgamento decorre justamente da investigação. E que é dela que se retira a substância para fundamentar o julgamento ou a negação dele.

Deixe seu comentário:

Dando continuidade às vistorias nas unidades de saúde pública de Palmas, nesta quarta-feira, 19, promotores de Justiça e servidores do Ministério Público do Tocantins, aco...

As unidades do Judiciário de Araguaína estão em fase de mudança para o novo Fórum da cidade, mas algumas já iniciaram suas atividades. A Vara de Violência Doméstica, o Jui...

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, finalizou mais um curso para os funcionários da fazenda Dois Rios em Lagoa da confusão. Dessa vez a instrutora do SENAR Adeuma Bo...