Ao comentar no Tocantins, na tribuna da Assembleia Legislativa (AL), durante sessão ordinária na tarde desta terça-feira, dia 26, o deputado estadual Paulo Mourão (PT) considerou que diante do alto índice de votos brancos, nulos e abstenções, que somaram quase 52% dos votos, o estado será governado pela escolha de 48% dos eleitores, dos quais cerca de 35% escolheram Mauro Carlesse (PHS) para governador.

“Não é um governo ilegítimo, mas é pouco representativo”, pontuou. “A democracia se fragiliza quando o cidadão não faz sua opção”, comentou ao observar que “uma democracia precisa ser altamente representativa e qualificada acima de tudo, para que se possa ter resultados que engrandeçam a cidadania”, completou.

Paulo Mourão foi enfático ao questionar: “até quando o estado do Tocantins haverá de eleger governadores que não tenham projetos para governar o Estado?” Ele fez questão de frisar que não se tratava de uma cobrança ao governador Mauro Carlesse “que é um governo pró-tempore”, mas defendeu a necessidade de se trazer um debate para solução dos graves problemas que a sociedade enfrenta, como desemprego, segurança pública, saúde, gerenciamento dos hospitais, falta de políticas públicas para o setor produtivo rural. “Agroindústrias estão fechando porque faltam pontes e estradas, falta incentivo ao processo produtivo”, destacou.

Mourão apontou que o Tocantins é o estado brasileiro mais desequilibrado do país, com a pior situação fiscal dentre os 27 estados brasileiros. E explicou: “Tudo que o Estado arrecada não dá para pagar o seu custeio e os seus servidores”. Ele lembrou que o Tocantins gasta 60% de suas receitas correntes líquidas apenas com pessoal, descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Sempre preocupado com a situação financeira do Instituto de Gestão Previdenciária (Igeprev), Mourão quis saber:“Daqui 5 anos mais de 60% dos nossos servidores vão se aposentar e eu pergunto, quem é que está preocupado com isso?

O parlamentar prevê que, no caminho que o Tocantins trilha, por melhores intenções que os eleitos tenham não conseguirão efetivar ações que contemplem a desesperança, o desânimo e o descrédito do povo tocantinense nos políticos. “Daqui dois meses as soluções não ocorrerão, a gravidade desse estado é muito grande, poucos estão preocupados a se debruçar, estudar, enfrentar e dizer quais os caminhos que teremos que percorrer para corrigir rumos”, avaliou.

“Nós precisamos olhar nos olhos das pessoas e corrigirmos tudo o que está errado neste estado, obviamente que não se consegue fazer isso com vara de condão, não se consegue isso num piscar de olhos é um projeto de médio e longo prazo, mas ele precisa ser discutido de debatido com a sociedade”, afirmou.

“Nós não vamos melhorar o Tocantins se não fizermos uma reforma tributária, se não dermos a garantia ao setor empresarial de investir neste Estado”, ponderou.

Paulo Mourão ainda teceu críticas à forma de fazer política no Estado. “Temos que parar com esse populismo barato que elege políticos, mas não engrandece a cidadania, no caminho que esse Tocantins está mais sofrimento, mais desesperança e mais abandono ocorrerá”, lamentou. Ao encerrar o discurso, o parlamentar fechou com uma mensagem de esperança. “Ainda temos tempo de recuperar e é neste sentido que eu clamo a Deus e peço aos homens e mulheres de boa-fé que se levantam e nos ajudem a reconstruir este estado”.

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