O Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins deve  julgar hoje o registro de candidatura do ex-governador Marcelo Miranda. Curiosamente, na noite de ontem, o Tribunal Regional da Paraíba deferiu a candidatura do ex-governador Cassio Cunha por cinco a um.  Cássio havia sido condenado por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2006.  Mesmíssima acusação contra Marcelo Miranda.

Lá, como aqui, a Procuradoria Regional Eleitoral havia questionado a elegibilidade do ex-governador. Lá, como aqui, a relatoria do processo do ex-governador Cassio Cunha Lima ficou com um juiz federal, Rudival Gama. No Tocantins, tem essa responsabilidade sobre o processo de Marcelo Miranda, o juiz federal  Waldemar Claudio de Carvalho.

Como está no Portal G1 “Durante o voto, o relator do processo, o juiz federal Rudival Gama, considerou que o período de inelegibilidade começa no primeiro turno das eleições de 2006, ocorrido no dia 1º de outubro daquele ano. Desta maneira, nas Eleições 2014, cujo primeiro turno ocorrerá em 5 de outubro, o prazo de oito anos de inelegibilidade já terá se encerrado. "Na data da eleição de 2014, o prazo de inelegibilidade terá cessado", afirmou, ao considerar que o segundo turno não é uma nova eleição, mas apenas um pleito complementar. O relator foi acompanhado pelo corregedor Tércio Chaves, pelo juiz Silvio Porto, pelo juiz Breno Wanderley e pelo juiz Eduardo José Soares.”

Ou seja, na Paraíba, por óbvio, prevaleceu o entendimento já firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral e Supremo Tribunal Federal, de que se a inelegibilidade termina antes das eleições, não tem porque ser negado o registro.  Pela LC 64/90,  pela qual foi condenado, Marcelo está livre desde setembro de 2012. Pela LC 135/2010 sua condenação termina no dia 1º de outubro de 2014. As eleições serão realizadas no dia 5 de outubro. Muito simples e óbvio.


O mesmo entendimento já havia sido dado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Goiás e do Rio Grande do Sul. Uma decisão contrária a isto, por aqui, certamente não passaria nos tribunais superiores. Ou seja: em condições normais, muito difícil que Marcelo Miranda seja alijado do processo eleitoral deste ano.

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