O marco de dez anos da criação da Lei nº 11.445/07, conhecida como Lei do Saneamento Básico, foi o gancho para a realização, em Palmas, de um seminário organizado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT) e a BRK Ambiental, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto em 47 cidades do Tocantins. Entre as atividades realizadas, estudantes de cursos ligados à área puderam visitar a Estação de Tratamento de Esgoto Norte (ETE – Norte) da BRK Ambiental.

O evento contou ainda com palestras de jovens profissionais que levaram aos acadêmicos suas perspectivas sobre os desafios de ingressar no mercado de trabalho,  exposições do presidente da ABES, Roberval Tavares de Souza, e também do presidente da BRK Ambiental no Tocantins e no Pará, Denis Lacerda, que trouxe ao público informações sobre o trabalho desenvolvido pela concessionária, além de falar dos entraves que dificultam o desenvolvimento do setor.

 Para Lacerda, o grande desafio para o setor de saneamento no Brasil é garantir que regras claras para regulamentação do setor sejam definidas, com entidades regulatórias fortes e participação efetiva da população.  “Só tem um jeito de adiantar as metas para ampliar o atendimento com coleta e tratamento de esgoto: colocar em prática os planos municipais de saneamento. Discutir isso em audiência públicas, falar em equilíbrio econômico e financeiro dos contratos de forma clara à sociedade”, explicou.

O compartilhamento de responsabilidades, essencial para encarar o saneamento como um assunto de toda a sociedade também foi debatido. “A concessionária tem muitas responsabilidades e tem que dar respostas a sociedade sempre. Mas apontar que o lixo não pode ser jogado nas ruas ou na rede de esgotamento sanitário e chamar a atenção da sociedade é essencial. Temos trabalhado muito nesta responsabilização, isso não quer dizer fugir das nossas responsabilidades”.

Reforçando a necessidade de ter cada vez mais profissionais com perfil arrojado e dispostos a encarar todos os desafios do mundo do saneamento básico, o presidente da BRK Ambiental fechou sua participação com um convite aos universitários que assistiam a palestra. “Vamos estruturar um programa de estágio, de uma semana, com a possibilidade de vocês conhecerem diferentes áreas da empresa. Acho essencial que exista essa possibilidade de conhecer a prática e ver a realidade dos serviços”, disse.

Giovanna Campos, de 21 anos, acadêmica de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Tocantins (UFT), ressaltou a importância de espaços para que os acadêmicos possam conhecer aquilo que veem na teoria. “Fazer uma visita na Estação de Tratamento de Esgoto, para mim, foi muito importante. Precisamos conhecer a parte prática do nosso curso para ter maior compreensão, ver as dificuldades que vamos enfrentar e ter conhecimentos que não são possíveis só com a teoria”, pontuou.

Também pensa assim a estudante Larissa Bavaresco, 21, acadêmica de Engenharia Civil da Ulbra, a oportunidade de encontrar gestores públicos e privados do setor anima. “Na faculdade costumamos ter muita teoria e menos prática”, disse ao ressaltar os méritos do evento.

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