Mágica do absurdo. O Jornal do Tocantins desta quinta informa que o governo continua sem o CRP, o que o impede de realizar convênios, fazer empréstimos e receber transferências (menos as constitucionais obrigatórias). O governo diz que está em processo renovação. Os números indicam que pode estar tentando convencer algum juiz (como a prefeitura de Palmas conseguiu) a determinar-lhe o certificado sem regularizar as pendências.

E quais são elas: uma dívida de R$ 569 milhões do governo com o Igeprev (contribuições não repassadas, tanto as descontadas nos contracheques dos servidores como a patronal) que continuam com o mesmo tratamento no atual governo.

Para pagar aposentados e pensionistas, o Instituto deve estar torrando sua poupança (valores para investimento), seu capital. O Igeprev há três anos necessita de aportes para fechar balanço. Já tem um déficit mensal (entre o que arrecada e paga) desde janeiro da ordem de R$ 4 milhões (R$ 48 milhões/ano). Mas governo não o faz. Está apropriando-se até das contribuições. No limite o contribuinte vai pagar esta conta.

Os servidores, entretanto, continuam serelepes com os “benefícios” concedidos por Mauro Carlesse e no papel de seus cabos eleitorais. As correções data base concedidas pelo governo e  aprovadas pelos parlamentares representarão um acréscimo na folha de salários de todos os poderes da ordem de R$ 312 milhões ao ano. Todos os poderes (exceção do Judiciário) já gastam acima do permitido pela lei.

E por que o absurdo: como é que se concede reajustes salariais de R$ 312 milhões ao ano se não se está conseguindo recolher as contribuições previdenciárias!!! E se está contando moedas para pagar salários em data escalonada.

Evidente que a correção salarial é um direito dos servidores. Ao administrador, entretanto, caberia concedê-lo na medida das possibilidades. Ainda mais tratando-se de um Estado que paga remunerações dentre as maiores do país. Pagamento de primeira e serviço público de quinta, como é notório das rodovias e hospitais públicos.

Mas eles não estão nem aí para isto: aplicando a correção sobre as despesas de pessoal do exercício de 2017, publicadas pelos poderes. O maior gastador é o próprio Executivo que pagou uma despesa bruta de pessoal em 2017 da ordem de R$ 5,2 bilhões. A correção das datas-base (3,98703%/1,69104%) representarão um aumento anual nas despesas de pessoal apenas do Executivo na ordem de R$ 295 milhões.

 Já no TCE a aplicação da alíquota de 2,07% implicará num acréscimo de R$ 1,9 milhão sobre o gasto anual de R$ 94 milhões com salários. No Tribunal (R$ 427 milhões/ano) o aumento será de R$ 8,8 milhões e no Ministério Público (também índice de 2.07%), os gastos de R$ 142 milhões/ano com pessoal serão elevados em mais R$ 2,9 milhões. A Defensoria (alíquota de 1,69104%) terá sua folha anual de R$ 98,5 milhões aumentada em R$ 1,6 milhões e o Legislativo passará a gastar mais R$ 2,7 milhões/ano acima dos R$ 131 milhões que desembolsou no ano passado com salários.

Deve ter um pote de ouro em algum lugar por aí. Crise nos hospitais, ora, isto é bobagem. É problema dessa gentinha que não tem o que fazer e adoece. Mortes nos hospitais. É coisa também desse povo “morredozim”, qualquer coisa “tá morrendo”.

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