Aliados do governador interino Mauro Carlesse já buscavam na manha desta segunda interlocução com o ex-prefeito Carlos Amastha. A proposta (que estaria sendo costurada pelo deputado Carlos Gaguim) contemplaria apoio do governo a Amastha numa candidatura ao Senado em outubro em troca do ex-prefeito subir no palanque de Mauro Carlesse no segundo turno da suplementar.
Como apurou o blog, o ex-prefeito ficara de dar uma resposta nesta tarde. Ainda que do outro lado estejam Siqueira Campos e tudo que Amastha diz ser políticos antigo, não é implausível que haja acordo.
Evidente que um acordo desses se daria em desfavor do projeto político do ex-prefeito de governar o Estado. Observando os votos de Amastha, é nítida a percepção de que os eleitores de Palmas é que não o colocaram no segundo turno. Ou seja: faltaram os votos de Palmas.
Vicentinho tomou a vaga de Amastha com 22,22% dos votos,contra 21,41% do ex-prefeito.
Explico: Amastha teve no domingo apenas 37,40% dos votos válidos na Capital contra 26,39% dos votos dados a Carlesse em Palmas. Lá em Gurupi, Carlesse fez seu dever de casa: obteve 56,7% dos votos contra apenas 20,67% de gurupienses que escolheram Amastha. Em Araguaina, Amastha teve 37,29% dos votos contra 30,22% conseguidos por Carlesse. Os três maiores colégios eleitorais.
Ou seja, faltaram votos de Palmas a Amastha. Talvez os votos que migraram para Marlon Reis que saiu com 19,08% dos votos dos palmenses em sua primeira disputa eleitoral.
A campanha de Amastha (como apurou este blog) foi certo modo franciscana. Amastha só teria colocado estrutura em Araguaína, Palmas, Paraíso e Gurupi. Talvez por não acreditar na própria candidatura ou no potencial eleitoral que terminou por se constatar. E material (planfetagem) não chegou aos municípios.