Eleição e política se desenvolvem no curso lógico, matemático até. Não é, certamente, produto de afinidades pessoais. Prova é que não raro amigos se enfrentam em lados opostos e interesses conflitantes.

Tanto que partidos buscam outros partidos por questões numéricas: tempo de propaganda, verbas do fundo partidário, número de prefeituras que eles comandam (e eleitores sob sua influência) e número de filiados, os vaqueiros dos votos.

Se existiriam coisas do coração aí, elas estariam na relação do candidato com o eleitor ou vice-versa, quase sempre com pesos e medidas pendendo, por forças das circunstâncias de poder  para um lado que não do cidadão ainda que ele fosse a variável determinante.

Uma das chaves do êxito é não abrir a porta dos afetos. Muitos o fazem, na pia crença de que aquele que está ali a demonstrar-lhe apoio efusivo com antecedência, o faça pela simples “honraria” do pertencimento a um determinado projeto ideológico e de poder. Tanto eleitor quando liderança ou candidato. Quando a relação é de troca.

Na verdade, a todos, eleitor e candidato, interessa algo mais pragmático e palpável. Ao eleitor, principalmente, ludibriado a cada quatro anos com as mesmas promessas que não vê cumpridas por dois grupos políticos (e seus aliados tradicionais e recorrentes) que comandam o Estado há três décadas a serem completadas este ano.

E manter a indecência de 150 mil pessoas ganhando R$ 3,00 por dia no Estado (R$ 90,00/mês quando o mínimo é de R$ 937) e outras 600 mil dependentes da esmola mensal do Bolsa Família, apesar do PIB de R$ 32 bilhões e do orçamento (só do governo) de  R$ 10,7 bilhões.

Daí os partidos buscarem também a si próprios. No Estado, uma aliança entre MDB, PR, PP e PPS (Marcelo, Vicentinho, Lázaro Botelho e Eduardo do Dertins), por exemplo, significaria um exército de 102 mil filiados (10% do eleitorado) pedindo votos. O MDB e seus aliados estão no 16 º ano (de 30) no comando do Estado.

Se se acrescentasse a isso aí o PSDB (Ataídes) e PDT (Angelo Agnolin), este número de filiados aos partidos de uma coligação com esta formação seria de 140 mil potenciais cabos eleitorais. É uma conformação perfeitamente possível por afinidades tanto políticas como pessoais e projetos contíguos. E se está em jogo perspectivas de poder e a sua divisão não só em 2019, mas em 2018 mesmo com onze meses de governo pela frente.

Como é possível notar, o Democratas (de Siqueira cujo grupo comandou o Estado por 14 dos 30 anos) nesta perspectiva, puxaria o siqueirismo com 28, 9 mil filiados. O PSD (partido mais próximo da senadora Kátia Abreu até agora) viria com meros 9,6 mil filiados. Um terço dos 19 mil filiados ao PT e menos que os 13 mil filiados do PSB, partido de Carlos Amastha.

Conforme o Tribunal Regional Eleitoral, o MDB é de longe o que tem mais filiados: 45,6 mil. Vem à seguir o Democratas (28,9 mil), PP (27 mil), PSDB (25 mil), PT (19,3 mil), PR (18,8 mil), PDT (13,1 mil),PSB (13 mil), PPS (11 mil), PSD (9,6 mil) e Solidariedade (2,6 mil. Os mais expressivos.

Não são números determinantes. Mas numa análise relativa, deveriam ser um dos componentes da equação. Muito mais visível que as coisas facilmente manejáveis por expressões circunstanciais de apoio político conflitantes com suas finalidades não expostas. Uns fazem uso do raciocínio, outros nem tanto, onde pode estar a diferença entre êxito e derrota.

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