O MDB sem rumo impulsiona da porta para fora uma possível candidatura da deputada Dulce Miranda nas eleições de outubro e busca um nome (apontado como Derval de Paiva) para as eleições diretas daqui a 40 dias.

É o mesmo MDB que buscou secretários e servidores públicos comissionados para recepcionar Marcelo Miranda ontem no aeroporto. Repetindo identico movimento feito em 2009 quando o mesmo Marcelo retornava da audiência de sua primeira cassação. Parecia um remake. Mas não era.

Ambos os movimentos são um embuste. Primeiro porque a eleição suplementar vai definir as eleições de outubro. Nenhum dos pré-candidatos vai disputar duas vezes em menos de quatro meses, duas eleições. Tanto por força dos recursos financeiros como de logística.

E o eleitor não vai mudar sua escolha por um candidato em 120 dias. O eleitor muitas vezes escolhe errado, mas, em larga escala, não abandonou ainda o bom senso e o senso comum. Não vai substituir um governador que elegeu na suplementar não dando-lhe prazo para cumprir compromissos ou mostrar resultados. E 120 dias não dão nem para conhecer o problema.

A eleição de outubro, assim, tende a ser plebiscitária e até mesmo endossatária. Daí os pre-candidatos com raciocínio mais rápido já estarem preparando sua artilharia, fuzilaria e infantaria. E na eleição suplementar, Dulce Miranda não poderá se candidatar por não ter desincompatibilizado.

Poderia Dulce Miranda na de outubro, se assim ela e o MDB o quisessem, apostando numa vitimização de Marcelo Miranda, como se operou na cassação de 2009. Algo difícil agora. Se lá, Marcelo foi cassado por levar benefícios (mesmo de forma ilegal e com todos os problemas de licitação)à população carente, impulsionadora de compaixão, aqui Marcelo teria sido cassado por ação em seu próprio benefício.

Como é uma eleição só para governador (a suplementar), os candidatos a senador,deputados federais e estaduais tendem a fazer suas escolhas na suplementar. Devem escolher nesta eleição para quem vão pedir votos também em outubro.  Isto empurra as coligações de agora para as coligações de outubro.

E tem pouco prazo para definir isto: duas semanas. Desta escolha agora, podem depender (estão diretamente ligadas) suas coligações e alianças em outubro para eleições de senador, deputados federais e estaduais. Ou o contrário: os candidatos a governador na suplementar, pela lógica, definirão na suplementar suas coligações para as eleições de outubro.

Resta ao MDB derramar suas pitangas. Numa relação de causa e efeito. Se se perguntar para qualquer secretário (que não seja um áulico do Palácio), deputado, prefeito ou aliado do governo se terá que Marcelo e o MDB,do ponto de vista político, não tem sustentação nenhuma, muito claro na falta de resistência política à  cassação. Não se viu deputado (federal ou estadual) senador ou prefeito defender Marcelo, mesmo que retoricamente, da decisão do TSE. Uma decisão contrária às provas no processo.

A segunda cassação de Marcelo Miranda, jogou a pá de cal no MDB que se diz autêntico. Esse MDB aí de Iris Rezende. Se o partido deixar de lado o coronelismo que ainda carrega, poderia fazer do fato um instrumento de reflexão. E partir para dar oportunidade aos medebistas mais novos. Abrir-lhes o partido não só na retorica e na poesia, mas na prática. É a única possibilidade de enfrentar sua inanição no Estado e poder, quem sabe, recuperar os ativos que essa geração medebista conseguiu perder por suas próprias escolhas.

 

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