São Paulo - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, rebateu nesta sexta-feira, 21, as acusações feitas contra ele pelo ex-secretário de Energia do governador Geraldo Alckmin, José Aníbal (PSDB). Em entrevista exclusiva ao Estado, o tucano, que era citado no inquérito sobre o cartel de trens arquivado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que foi vítima de uma farsa montada pelo deputado estadual licenciado Simão Pedro (PT), com o apoio e empenho de Cardozo. Em nota, o ministro disse que as declarações classificadas por ele como "injuriosas" serão incluídas num processo criminal contra Aníbal que já está correndo na Justiça. "Essas novas declarações igualmente injuriosas e caluniosas, ensejarão também as medidas judiciais cabíveis", escreveu Cardozo na nota.

Também acusado por Aníbal, o secretário de Serviços do prefeito Fernando Haddad, Simão Pedro, respondeu às críticas feitas pelo tucano. Ele repudiou as manifestações feitas na entrevistas. Por meio de nota, o petista afirmou que não vai se intimidar com as ameaçar de Aníbal. "Já movi contra ele no ano passado uma queixa-crime que tramita no Judiciário pelas insistentes declarações que vem fazendo", afirmou. Simão Pedro disse ainda que "nunca acusou" Aníbal ou outros políticos nas denúncias que encaminhou ao Ministério Público de São Paulo "como as que tratavam da existência de conluio entre empresas para fraudar contratos e licitações na CPTM e Metrô de São Paulo - bem antes da Siemens procurar o Cade para fazer auto denúncia de prática de cartel e cujas investigações em andamento mostraram-se corretas", afirmou o secretário.

"Tenho consciência de que cumpri com meu dever de representante da população paulista e de fiscalizador das ações do Executivo e de que agi com decoro e dentro das prerrogativas parlamentares garantidas pelas Constituições do Estado de São Paulo e do Brasil", conclui o petista. O ex-diretor da Siemens e delator do cartel, Everton Rheinheimer, acusado por Aníbal de dar um depoimento sem provas contra ele, não foi localizado pela reportagem para comentar o assunto. A colaboração de Rheinheimer que deu origem ao inquérito do cartel arquivado no Supremo. (Ricardo Chapola/Estadão Conteúdo)

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