O dia da consciência negra (20 de novembro) é, certo modo, uma arbitrariedade pela discricionariedade que carrega. Poder-se-ia contrapor que todos os outros dias do ano, seguindo o mesmo raciocínio, fossem dias da consciência branca.

E aí, evidentemente, teríamos mais um conflito: os dias seriam, na sua maioria, brancos, uma discriminação maior ainda. De modo que se provocasse a colocação de uma proposta: 182 dias (metade do ano) para cada uma das raças, sobrando um dia para disputar no palitinho.

Essa oposição de raças (fundada na cor da pele) termina, creio, por realçar conflitos e provocar, como efeito, a discriminação que tenciona justamente combater. É, até certo ponto, uma vitimização dos negros que a história já cuidou de colocar no seu devido lugar: os negros também eram comerciantes de escravos negros. Não seriam apenas os brancos os responsáveis pela escravidão. Ou seja, a herança que hoje se quer modular é oriunda também do comércio de escravos por negros.

Zumbi, que deu origem ao 20 de novembro, como é comprovado, mandava capturar escravos das fazendas vizinhas do quilombo para que fizessem trabalhos forçados em Palmares. Isto é história. Sequestrava mulheres e executava aqueles que quisessem fugir do quilombo. Tudo convenientemente omitido pelos politicamente corretos.

A observar os números estatísticos e as análises politicamente corretas que delas se faz, os negros no país seriam uma maioria escravizada por uma minoria branca, como uma colônia de ingleses na negritude africana.

O raciocínio destes dias líquidos, leva a que uma minoria branca produzisse uma maioria negra. Mais: ao resultado dessa miscigenação, seus criadores negariam um destino digno.

Não por acaso, o IBGE divulgou no final de semana (três dias antes do dia da consciência negra) a situação de negritude da população brasileira.

No Tocantins, por exemplo, 78,5% são considerados da raça negra (é auto-declaratório).  Ou seja, 12,5% de pretos e 66% de pardos (que o IBGE considera negros nas cotas). Um exército de 1,117 milhão da população de 1,5 milhão de habitantes do Estado. Os brancos no Estado seriam 20,5%. Na tese dos politicamente corretos, 323 mil brancos estariam escravizando 1 milhão e 117 mil negros no Estado.

Se levarmos para o país, o Tocantins teria 30% mais negros (pretos/pardos) que a média nacional (55,3% de pardos e pretos). No nível de renda, a estatística do IBGE registra que, no Tocantins, os brancos tem um rendimento mensal nominal de R$ 2.437 para uma renda de R$ 1.404 (pretos) e R$ 1.552 pagos aos pardos.

Evidente que há discriminação no país. Há entretanto leis que a combatem e punem. Há cotas nas escolas e universidades e agora se quer também nos concursos públicos. Ou seja, os militantes querem combater a discriminação reivindicando uma igualdade de direitos que negam aos brancos. E quem aponta tal contradição pode ser executado, como fazia Zumbi com aqueles que não concordavam com sua escravidão hoje consentida por seus seguidores.

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