O Partido Verde, que foi governo com o MDB de Marcelo Miranda, decidiu optar por apoiar Marlon Reis sob a justificativa de ser o ex-juiz o único com capacidade profissional e ética para recuperar o Estado.

Intuo que o PV tenha como fundamento a participação de Marlon Reis na criação da Lei da Ficha Limpa. Marlon, como é notório, superdimensiona sua participação no processo. É um direito dele, assim como dos mais informados dar-lhe uma régua, restabelecendo a medida das coisas.

A Lei foi aprovada porque patrocinada pelo governo do PT. Se Lula não mobilizasse seus líderes e partidos no Congresso, não existiria. Aliás, foi uma lei de iniciativa popular com mais de 1,3 milhão de assinaturas. Mas se passa (e se consome) como se Marlon tivesse sido um Don Quixote a combater moinhos de vento. É a sua narrativa eleitoral.

Marlon, por sinal, nos 30 anos de criação do Estado (e durante toda luta antecedente) não se sabe onde estaria enquanto as pessoas comiam poeira e buscavam recursos para a implantação da Capital e do Estado. Nos 27 anos em que milito no jornalismo político do Tocantins vim a ter conhecimento dos seus projetos no Estado no ano passado, já depois que não era mais juiz, e sim advogado.

Mas não é o ponto. O X da questão é que o PV certamente não seria o melhor partido a bradar ética no governo. Nos últimos três anos e meio assistiu impávido (e com a vice-governadoria) toda sorte de desvios de recursos públicos e a falta de aptidão do governador para combatê-los. A crise moral, ética, administrativa e financeira que está aí é produto da falta de ética que o PV, agora fora do governo, clama.

Como não enxergar em Cláudia Lélis o rosto de Marcelo Miranda!!! O bom senso indicaria mais prudência do PV que tem em Cláudia e Geferson Barros (também ex-secretário de Marcelo) potenciais candidatos a deputados. Mas sem essa de excluir ou incluir fundados na ética.

 

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