As reações aos artigos sobre PT ou Bolsonaro tem, em larga escala, o mesmo viés. Um post deste sábado levou leitores a dizerem que até liam o blog. E que a partir de agora, não o acessariam. Mais: de que por isto o blog estaria perdendo leitores.
É algo curioso: quando aponto aqui o crescimento de Paulo Mourão na sua candidatura ao Senado, são puro elogios. Mesmo este blog tendo avaliado também, há meses, a dubiedade do PT em relação a Mourão. Só o abraçaram depois de Haddad. Tanto militância quanto direção partidária. Fato.
Sobre o último artigo não conseguem refutar: 1) Lula está preso por corrupção e Haddad é o candidato que o substitui. Ambos são explícitos na relação que os petistas tentam negar.
2) Lula é maior que o PT. Não de agora, desde a criação do partido pela elite acadêmica paulistana depois engolida pelo operário que não queria saber de mandatos. E sim de aumentos salariais para a categoria. Um dos piores parlamentares na Câmara e que foi contra (como o PT) à Constituinte e o Plano Real. Fato. História.
Sobre Bolsonaro, dizer o que mais: um deputado que está há trinta anos na Câmara dos Deputados, sem qualquer serventia, com a família também vivendo da política, adepto da violência e do retorno dos militares ao poder civil. Dizer mais o que?
Mas eles seguem do mesmo jeito. Escudados com suas leituras de orelha de livro e muita ignorância. Não de brutalidade, viu gente. Ignorância de ignorar.
Entre leitores e o bom senso, sempre fiquei com o bom senso. Caso contrário, para ter plateia era só concordar com os petistas ou com os bolsonaristas que teria acessos e elogios.
Não me contem com tais finalidades. Sou contra ladrões, ditadores e disseminadores do pensamento único. Não sei por onde vou, não sei para onde vou. Só sei que não vou por aí, como escreveu um velho poeta português.
O blog? Ah, o blog não é obrigatório. Acessa-o quem por ele tem interesse.
