Agosto é mês de cachorro louco. Fecha também o ciclo do turismo regional mais intenso. Daqui a pouco virá época de plantio. Até lá, o gado pasta capim seco e bebe pouca água quando a tem. A cíclica seca de agosto a novembro já bate à porta do produtor. E gado magro é prejuízo, não serve para o abate.

Não sem razão, os frigoríficos, para preservarem seus negócios, já entregam gado magro ao dono do pasto, oferecem medicamentos, sal, calcário, silagem e ainda aceitam pagar ao produtor que o criará, o preço final do gado que ele o entregou para engordar. A única condição é o criador garantir-lhe o gado pronto para o abate. Conclusão óbvia: falta carne. Desdobramento: oscilação de preços.

É provável que resida aí, em tese, a justificativa para contrapartida dos frigoríficos às renúncias fiscais ainda que possam esgrimir geração empregos na indústria, a grande maioria para exportação. E, talvez, a única ação governamental no setor.

Uma opção, aliás, inócua comparada ao resultado na balança comercial. Nesta, a soja (que não gera emprego nenhum, também merecedora do zelo dos benefícios fiscais, paga zero de imposto nas operações internas e apenas 12% nas interestaduais) foi sozinha responsável por 96% das exportações estaduais de janeiro a junho de 2018.

Ou seja: sem gerar os empregos esperados (na verdade, exporta commodities e empregos) produziu aos grandes produtores US$ 497,9 milhões no primeiro semestre, conforme o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O equivalente a 84,8% dos US$ 586,4 milhões das exportações tocantinenses no primeiro semestre. Só a soja, portanto, teria rendido aos produtores um montante de R$ 1,8 bilhão. Não repartidos.

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