O PT regional pode enfrentar o PT nacional pela coligação com Carlos Amastha. É uma questão mais burocrática que ideológica. Haveria, como categoria de pensamento, ademais, mais convergência que divergência entre Miguel Arraes e Lula para usar uma metáfora que creio consentida.

Ainda que Amastha represente o suprassumo do capitalismo, como a senadora Kátia Abreu, que disputariam o aconchego dos petistas, considerados, como Lula, mais próximos do socialismo que defendeu o ex-governador pernambucano.

De outro modo: a relação dos petistas com Kátia e Amastha, do ponto de vista filosófico, seria a mesma. Socialista aderindo ao capitalismo. Mesmo que um pouco atrasados. E isto uma resolução da direção nacional petista não eliminaria. Ou seja: a questão não seria principial tanto para o PT regional como nacional.

Os movimentos do partido na pré-campanha, deste modo, não poderiam levar a resultados diferentes posto carregarem, simultaneamente, paradoxos e contradições. No primeiro, porque adeptos do socialismo, praticam o pragmatismo eleitoral, aliando-se a defensores do capital.

E contraditórios porque se movimentam neste sentido e demonstram querer que se conclua por outra definição, outra direção filosófica. Ou seja: afirmam e negam a um só tempo algo sobre a mesma coisa. Na Lógica se estuda que duas proposições contraditórias não podem ser ambas falsas ou ambas verdadeiras.

Na prática o PT se dividiu como dividido já estava entre o pragmatismo e o programatismo com prevalência do primeiro, caso contrário o partido apostaria no seu candidato, o deputado Paulo Mourão, seguramente um dos mais preparados para governar o Estado e mais petistas que muitos outros. Se Paulo é empresário, pelo menos era um empresário do partido, o PT teria um capitalista para chamar de seu. No linguajar petista, estaria numa guerra de posições. Ter-se-ia, assim, pelo menos, um fundamento.

Tudo indica que ocorreu uma disputa de “facções” impulsionada por interesses pessoais e não partidários. Evidente que o PT, por razões mercadológicas até, disputando com candidatura própria ou abrindo mão da disputa na Suplementar (como o fez o PSDB), sem fazer coligações, teria aumentado seu valor para outubro, que vale um mandato de quatro anos. E não de seis meses. O partido tem um dos maiores tempos eleitorais e fundo partidário.

Da forma como fechou, fez acordo em baixa, no queima de última hora com prejuízos relevantes. Tanto para sua principal liderança com representação, capilaridade eleitoral e fundamentos, o deputado Paulo Mourão, como para o partido no Estado. Um partido, agora, de apenas dois donos, como ficou muito claro na pré-campanha cujo resultado sinalizaria que o PT desde sempre projetava aliar-se a um candidato, seja qual fosse, não importando-se em queimar o seu próprio, incinerando, com isto, a legenda.

Deixe seu comentário:

Dando continuidade às vistorias nas unidades de saúde pública de Palmas, nesta quarta-feira, 19, promotores de Justiça e servidores do Ministério Público do Tocantins, aco...

As unidades do Judiciário de Araguaína estão em fase de mudança para o novo Fórum da cidade, mas algumas já iniciaram suas atividades. A Vara de Violência Doméstica, o Jui...

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, finalizou mais um curso para os funcionários da fazenda Dois Rios em Lagoa da confusão. Dessa vez a instrutora do SENAR Adeuma Bo...