Há mais pontos de convergência que divergência entra Carlos Amastha, Kátia Abreu, Vicentinho Alves, Marlon Reis e Paulo Mourão. Não incluo Ataídes Oliveira (que o PSDB já definiu-se por sua reeleição) porque o PSDB tem candidato a presidente e pode fechar com o MDB. Ainda que sempre se possa cogitar de os tucanos terem a opção de seguir com PSB, PR, PDT, Rede e PT. Não é obrigado a seguir a nacional e até agora não se tem conhecimento de uma resolução do PSDB determinando o contrário.

Evidente que as circunstâncias políticas do Estado impõem uma aliança da oposição no enfrentamento da máquina nas mãos de Mauro Carlesse. Muitos candidatos resultam na divisão dos votos. Ainda que se tenha registrado 60% de não votos (nulos, brancos e abstenções) no segundo turno da suplementar, os votos de Carlesse tendem a acompanhá-lo nas eleições de outubro.

Amastha e Kátia, por exemplo, se aproximam porque tem um adversário comum. Mais: os dois partidos (PDT e PSB) já discutem, em nível nacional, a possibilidade de fusão, caso Ciro Gomes seja eleito presidente. Ambos os partidos (PSB e PDT) são os aliados preferenciais do PT que já dividiu os Estados onde coligará com um e outro. São onze unidades federativas onde farão coligações juntos.

Vicentinho Alves não tem atritos com Kátia Abreu e reaproximou-se de Amastha (de quem já fora aliado). Há diferenças com Paulo Mourão (de quem é primo de primeiro grau) mas o PR foi sempre aliado dos governos do PT. Mourão tem bom relacionamento com Kátia, Amastha e Marlon Reis que não tem problemas com o ex-prefeito. Muito pelo contrário.

Ou seja, um encontro dos cinco para discutir alianças (e projetos) seria mais producente do ponto de vista político não fosse tratado como um seminário (à vista da imprensa) uma negociação que, por mera precaução e estratégia política, se dá no particular. Isto porque para aquiescer-se ou  ponderar posições que construam um consenso (ou coalizão) não se faz sem, antes, expor dissensos.

Ou seja, não há consenso sem dissenso que, publicitados e públicos, tendem a provocar mais cisão por mera lógica: político vê passivo na aceitação de projeto de outro, acha sempre o seu a melhor opção e renunciá-lo publicamente poderia ser visto como uma fragilidade pelos eleitores. A regra tácita dos movimentos de uma negociação dessas é clara.  Não se pode andar a esta altura do calendário eleitoral como elefante em loja de louças.

Ah, LA, mas tem os projetos. Ora, por isto mesmo. Os projetos foram oficializados na suplementar (no registro das candidaturas). A não ser que tenham outros, ainda assim uma discussão (pública) sobre eles (para um mesmo orçamento) levaria a confrontos e eliminações de ações para caber na Lei Orçamentária. Contrariedade em aliados como os prefeitos beneficiados pelos projetos, população e os empreiteiros. Muitos deles responsáveis pelos próprios projetos que viabilizam os recursos.

Sem prejuízo do raciocínio de que os atuais deputados estaduais (a maioria formada por aliados do seu adversário comum, Mauro Carlesse) é que vão aprovar os recursos para 2019. E os recursos federais (emendas) de 2019 também serão alocados pelos atuais deputados federais e senadores. E não há projeto sem orçamento previamente autorizado.

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