Os deputados limparam a pauta: decidiram em uma noite quase uma centena de projetos (diz-se 83 matérias). O trabalho de uma sessão legislativa. Já vi legislaturas que, em quatro anos, não tiveram tal desempenho.

Não me ocuparei das aprovações de renúncias fiscais sem apresentação, como determina a legislação, da forma de compensação da receita prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal e na Constituição.

Nem tratarei aqui do R$ 1 bilhão de benefícios fiscais já concedidos e sem a demonstração da contrapartida (quase 50% da arrecadação tributária prevista, por exemplo, para 2018).

Ocupo-me da aprovação de correções salariais de servidores do Executivo, Legislativo, Judiciário, Defensoria, Ministério Público e Tribunal de Contas.

O governo (todos os poderes) já está completamente desenquadrado, gastando acima dos 60% determinados por lei. Individualmente, todos os poderes (à exceção do Tribunal de Justiça) estão gastando acima do permitido. O Executivo, como você leu aqui ontem, já está na faixa dos 74% quando o limite máximo é 49%.

E como os deputados aprovaram a correção hoje: só apresentaram estudo de impacto financeiro aos parlamentares apenas a Defensoria, Ministério Público e Tribunal de Contas. Executivo, Legislativo e Judiciário sequer demonstraram aos deputados onde encontrarão dinheiro para a correção salarial.

Ah, LA, a LRF não impede a concessão de correção da inflação!!! Sim!! O problema é onde o governo vai conseguir dinheiro para pagar já que o orçamento é o mesmo!!! Somando o percentual que gasta o Executivo ao desembolso com pessoal dos demais poderes (TCE, MPE, Judiciário, Legislativo, TCE e Defensoria) números ultrapassariam os 100%

Um Estado que, conforme a Secretaria do Tesouro Nacional (junho/2018) era o mais irresponsável do país do ponto de vista fiscal.

Como se nota, o governo aumentou os gastos (reajustes salariais) e diminuiu receitas (renúncias fiscais). Se é uma equação ilógica para qualquer empresa, não o é, pelo visto, para deputados e governo. E ainda querem que os trate como sérios.

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