A senadora Kátia Abreu deve reunir nessa semana cerca de 14 presidentes de partidos de oposição. A finalidade é discutir alianças para outubro. A Senadora parece refeita da derrota do primeiro turno que seus aliados atribuem-na ao não-voto. Seu grupo (os partidos que a apoiaram na Suplementar) já declararam que é a candidata.
Dias atrás, divulgou-se um encontro que teria mantido com Carlos Amastha. A publicação (um off, óbvio, de algum participante), da forma como vazada, de que Amastha teria ido ao encontro com uma chapa já pronta, poderia ter dois endereços de remetente para um mesmo destinatário.
Interesse de Amastha para demonstrar subjugo da Senadora (e desinteresse numa aliança com a parlamentar que não o apoio da candidatura do ex-prefeito ao governo, ou seja, submissão) e do grupo da parlamentar, de demonstrar prepotência de Amastha que teria sido, no mínimo, deselegante por ir ao encontro da Senadora com tais motivações e comportamento. Bastaria, em condições normais, não ir, dizer ao telefone que já estava com tudo decidido. Ou o vazamento pode ter sido de ambos os lados e com os mesmos objetivos.
De qualquer forma, por pura lógica, a oposição a Mauro Carlesse não terá êxito algum dividida nas eleições de outubro. Se o governador mostrou o poder da máquina no exercício interino do cargo em menos de dois meses, terá pela frente mais três meses já como governador de direito e de fato. Podendo fazer (como o fez na suplementar) o mesmo. Até porque se a Justiça Eleitoral processar a ação que pode cassar-lhe o mandato, só surtirá efeito prático se confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral. E aí você já sabe como se dá.
Tudo indica, portanto, que Carlesse irá disputar novamente com seus adversários da suplementar, no que pode ter o mesmo êxito das eleições de junho. Isto se prevalecer as atuais motivações dos seus adversários.