Partidos e deputados  (federais e estaduais) do Tocantins devem respirar aliviados. Uma coisa leva a outra. Apesar de remota,  existia, mesmo, a possibilidade de o Estado perder  parlamentares na Câmara dos Deputados (e assim diminuir os estaduais), ainda que o mínimo de oito representantes tenha sido definido lá no poder constituinte  (e um máximo de 70 por  Estado), foi, aquela, uma decisão política. Com o mesmo viés da definição por oito deputados para o Tocantins, na divisão de Goiás, sem que se alterasse o número de representantes goianos na Câmara Baixa.

Ontem à noite o TSE acatou pedido da Assembléia do Amazonas que queria aumentar, na verdade, era o número de deputados estaduais, que é proporcional ao número de federais. Por aqui, a senadora Kátia Abreu talvez tenha sido a única parlamentar a observar a movimentação do TSE e esteve no mês passado com a ministra Carmem Lucia reivindicando que, feita uma nova redivisão territorial de parlamentares, o Tocantins tivesse aumentado em mais dois, ao invés de perder, como corria risco.

E qual seria o risco que ainda não foi extinto?Ora, o número de parlamentares é proporcional ao de habitantes. Evidente que Estados como São Paulo ou Rio de Janeiro não iriam querer perder representação para unidades como o Tocantins, com apenas 1,3 milhão de habitantes.Tudo isso, diante da impossibilidade de elevar-se, mais ainda, os custos do Congresso.

 Este, por sinal, o cerne a ação impetrada pela Assembléia do Amazonas no TSE. Ali, os amazonenses levantavam que o Amazonas, com seus 3 milhões e 221 mil habitantes (censo de 2010) tinha apenas oito deputados federais (mesmo número do Tocantins) contra 10 deputados do Piauí (3 milhões e 32 mil habitantes) e nove deputados de Alagoas, que teria apenas 3 milhões e 37 mil habitantes. Espírito Santo, por exemplo, tinha dez deputados federais (3 milhões e  351 mil) e Paraíba 12 deputados federais para representar os seus 3 milhões e 641 mil habitantes. Nesta situação, Tocantins leva vantagem com oito deputados para os 1,3 milhão de pessoas.

Pela decisão do TSE de ontem, oito Estados perderão cadeiras na Câmara e cinco ganharão vagas.  Os Estados que perderão um deputado são Alagoas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Já os Estados da Paraíba e do Piauí perderão duas cadeiras. Ganharão um posto os Estados do Amazonas e Santa Catarina. Ceará e Minas Gerais ganharão duas cadeiras e o Pará, quatro. Tudo com base dos dados do IBGE de 2010. É claro que vai ter recurso no STF; mas a discussão foi colocada.

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