Caros, não tenho compromisso com o erro. Num post anterior, que deletei por motivos óbvios, atribuía as críticas a este blog ao deputado Eduardo Siqueira. Na verdade, o texto, ainda que se possa dele tirar outras conclusões, era de um dos seus seguidores. Mas não do deputado. E sim de um grupo de zap de apoio ao deputado. E aí vai minhas desculpas ao parlamentar.
Quanto ao objeto, o texto é o mesmo. A publicação do grupo de apoio a Eduardo diz que mais de 58% dos gastos com pessoal foram de Marcelo Miranda, sugerindo que o blogueiro estivesse alisando o governo do MDB. E diz que foram feitas demissões mas que o governo teve que retornar por força de decisão judicial.
Quem disse que o governo cortou despesas com pessoal foi o Secretário da Fazenda (Portal Cleber Toledo). Se não demitiu (ou contratou novamente) por causa da Justiça (como embaralha o deputado), o leitor deve uma explicação como se deu o corte então. E aí a falácia governamental estaria comprovada por seus próprios aliados.
Sobre comparações com Marcelo Miranda, o acusador sequer lê o blog. O leitor é apresentado, há pelo menos quatro anos, à irresponsabilidade fiscal do ex-governador na relação despesas com pessoal X receita corrente líquida. Em dez quadrimestres, de 2015 a 2018, governo só cumpriu a LRF (como o leitor já foi apresentado) em apenas um.
Já Carlesse (para atender o deputado siqueirista) quando assumiu o governo em março, a despesas com pessoal eram de R$ 332 milhões, passou para 279,5 milhões (abril), R$ 630 milhões (maio), R$ 612 (junho) e R$ 521,5 milhões (julho). Tudo lá no www.transparencia.to.gov.br.
A relação que o leitor defende de forma rudimentar é a seguinte: despesas líquidas com pessoal X receita corrente líquida. Massinha um, massinha, dois. Se o governo aumenta as receitas a relação tende a diminuir, desde que ele não aumente as despesas de pessoal acima do crescimento das receitas que tem sido na ordem de 5% acima da inflação. De outro modo: não precisa cortar despesas para a relação diminuir.
A isto aí o deputado siqueirista diz ser sofisma. E ainda sugere que o blogueiro, por isto, possa estar trabalhando para “alguém”. Estou sim, para meus filhos e para que este Estado não continue sendo roubado pela sociedade política: E que querem manter em movimento.
