O vice Wanderlei Barbosa pode não assumir o cargo na próxima segunda-feira, dia 9 de julho. É a especulação do dia. Ainda que a probabilidade de sua ocorrência dependa mais do deputado que de outros motivos, a sua simples provocação já demonstra a que se destina.
Pela legislação, tanto faz Wanderlei ser vice ou deputado, desde que não assuma o governo em seis meses (a eleição é daqui a três) o parlamentar pode candidatar-se a qualquer cargo legislativo em outubro. Reeleição, deputado federal ou senador. O seu governador, ao contrário, só à reeleição. São do mesmo partido, PHS, por aí se tem.
Ou seja: a questão é o parlamentar avaliar se mais vale seis meses como deputado ou seis meses como vice (até o final do ano), na pior hipótese (de seu governador não reeleger-se e outubro ele prefira continuar candidato a vice). Um risco à reeleição confortável na Assembléia Legislativa.
Síntese: os aliados de Wanderlei estão enchendo Judas com melão de são caetano. Apenas para retirar do fundo, a estratégia agora colocada que tem o irmão do parlamentar, Marilon Barbosa, presidente da Câmara de Vereadores e que, apenas cumprindo o regimento interno do Legislativo metropolitano não terá como não opor-se à prefeita Cíntia Ribeiro (e ao ex-prefeito Carlos Amastha) beneficiando por consequência, o projeto Wanderlei Barbosa.
A questão de assumir ou não o cargo de vice é um objeto sobre um fundo querendo ser o próprio fundo.