Campanhas eleitorais, não restam dúvidas, expõem um confronto entre a lógica e a dialética. A vontade de obter razão, não raro, sem tê-la.

Os candidatos não miram na verdade objetiva mas apenas na sua aparência. Buscam alcançar a aparência da verdade sem se preocupar com a situação dos fatos.

Acossado por cobradores, o candidato da Rede, Marlon Reis, refutou nesta quinta no JTo que o fato estaria interferindo no seu desempenho eleitoral. Mesmo admitindo a falta de recursos que, segundo o candidato, será superada "rapidamente".

Na pesquisa Ibope da semana passada, Marlon aparece com os mesmos 7% de um mês atrás. Menor que os 9,91% que obteve nas urnas no primeiro turno da eleição suplementar cujas dívidas cobram-lhe agora prestadores de serviço.

No mesmo JTo desta mesma quinta, sabe-se que o advogado e ex-juiz acionou a Justiça por pedido explicações (calúnia, injúria e difamação) contra um jornalista de O Dia, mais importante jornal do Piauí.

Mesma acusação, em tese, que lhe fora feita (a Marlon) pela Câmara dos Deputados por trechos do seu livro O Nobre Candidato e no programa Fantástico. Arquivada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, onde atuou como juiz.

Mesmo Maranhão onde, ainda como magistrado, nas eleições de 96, como juiz eleitoral, deixou de lado as regras da magistratura para reunir eleitores em pequenos comícios pregando contra a troca eleitoral e que o voto seria o mais importante instrumento para transformar a sociedade. Dividindo a magistratura maranhense na questão ética.

Marlon, como se nota, estava juiz!!! A dúvida é porque a militância no Maranhão não o teria impulsionado à disputa político-partidária majoritária por lá onde, depois de trocar a carreira de juiz concursado pela advocacia, se dedicou a advogar em campanhas eleitorais.

É a dialética enfrentando a lógica.

 

Deixe seu comentário:

Ponto Cartesiano

A intenção do governo é boa: publicou (novamente com correções) ontem a Medida Provisória 09, de 17 de abril de 2024. Pela l&o...

O vereador Josmundo (PL) – presidente da CPI da BRK – é um gaiato. Se não fosse pago pelo contribuinte para representá-lo no poder Legislativo, ser...

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Morais, negou neste sábado Reclamação da BRK contra a convocação do CEO da empresa, Ale...