A quatro dias de assumir um novo governo, não há sinais de Wanderlei Barbosa sobre mudanças no quadro de auxiliares diretos. Nem que seja para mera oxigenação necessária à administração.
O governo tem 24 cargos de nível de secretaria e outras 17 autarquias. É uma equipe razoável e que, regra geral, tem apresentado resultados satisfatórios.
Mas há gargalos indiscutíveis. Um deles está na área de saúde pública. Apesar dos recursos aplicados, mantém-se os problemas dos governos anteriores. Até na alimentação.
O governo avançou na infraestrutura onde investiu quase o dobro do governo anterior. A ponte sobre o rio Tocantins em Porto Nacional segue a passos largos.
Mas o governo entregou à União trechos de rodovias estaduais que poderiam render-lhe dividendos se concessionados à iniciativa privada.
As parcerias privadas se movimentam com pouca desenvoltura. O governo aprovou agora uma loteria estadual, deve fazer licitação e gerar recursos.
Mas o Jalapão, por exemplo, continua uma riqueza em potencial, encoberta por primitivismo que favorecem os grupos que ali estão ganhando dinheiro a rodo sem pagar a devida contrapartida em impostos e estrutura turística.
Um ano é, por certo, pouco prazo para enormidade de problemas do Estado. Sejam aqueles herdados de Goiás, ou os criados pelos próprios governos regionais.
E aí o nó do secretariado: se preterir o desempenho do atual secretariado para atender o Legislativo e seus suplentes da eleição de 2022, o governo corre um risco enorme de descontinuidade, tanto de execução como de planejamento.
Há, por sinal, eméritos suplentes no Legislativo aguardando o chamamento do Palácio. Seja para ocupar vaga de deputado eleito convocado para o Secretariado, seja para ocupar, ele mesmo, uma secretaria, nem que seja extraordinária.
Nos últimos dias, Wanderlei tem buscado o vão da Serra do Taquaruçu. Pode no silêncio magnífico dos boqueirões da Serra Geral encontrar inspiração para o que necessita preencher.