O governador Mauro Carlesse começou mal. No seu primeiro pronunciamento como governador já foi logo apontando: vai fazer um governo municipalista, aproximar o governo dos municípios. Imagina, Carlesse interino por dois meses (a eleição foi marcada pelo TRE para 3 de junho).
Eleger como uma das prioridades na sua interinidade aproximar governo de prefeituras no período em que ele próprio Carlesse estará em campanha eleitoral na eleição suplementar, é recibo passado de que irá usar do cargo para fazer proselitismo político em benefício de sua candidatura.
Um balde de água fria pois o que todos desejam, agora, é um governo maduro e que de seguimento na soluçao dos problemas da administraçao. E nao política.
É proposta que termina por fazer de outro anúncio, o de auditoria nas contas do Estado, mero diversionismo. Um pano para encobrimento do que de fato tem em mente nos próximos 60 dias. Nada, por sinal, desconhecido já que Carlesse há meses é assessorado por profissionais de marketing político com a mesma finalidade eleitoral. Aliás, um direito.
Evidente que o período não lhe dá prazo para auditoria alguma mas a estrutura (e o sistema) ocuparão população, parlamentares e instituições com o assunto, enquanto prefeitos estarão subindo a rampa do Palácio Araguaia para obter o que de direito assiste a seus municípios. Sem a necessidade de apoio extra governamental em período eminentemente eleitoral.
Muito bem explicitado na declaração (na posse) de que ele, Mauro Carlesse, estaria inaugurando uma nova era no Tocantins, onde todos terão vez e voz. Ou seja: Carlesse tomou posse no governo de forma interina já apontando o slogan de sua campanha eleitoral ao cargo definitivo. Só que no Palácio, a administração é pública. E Carlesse, como deputado, já seria voz da populaçao, ainda que agora confessasse, de forma transversal, nao te-lo sido.