Parcela dos empresários de Taquaralto decidiram ir à Justiça contra a forma como a Prefeitura pretende implantar o Shopping a Céu Aberto. Não sem razão afinal o consumidor não iria enfrentar um shopping de 3km de extensão a pé para fazer suas compras e ainda preocupar-se com o seu veículo. É provável que os comerciantes também obtenham anuência dos moradores da vizinhança impactados com a mudança de rotina.

Os empresários fazem, a seu modo, o papel dos vereadores e até mesmo do Ministério Público pois, sabe-se agora, a situação seria mais grave: a prefeitura já teria licitado as obras por R$ 17 milhões sem cumprir os estudos de impacto e a obrigatoriedade de audiências públicas. Empurra goela abaixou um projeto que a comunidade repeliria. Inclusive com a demolição de árvores. Haveria prioridades mais urgentes pela população como esgotamento pluvial, alagamentos, creches.

O prefeito Carlos Amastha, na verdade, segue o que sempre foi: autoritário, sem se ater a determinados processos obrigatórios no estado democrático de direito.  Em plena campanha ao governo do Estado, com um ano de antecedência, não se importa em contradizer-se: quer algo para vitrine em um bairro popular para contrapor-se a excelência que realiza no centro da cidade. Em prejuízo do morador da cidade e dos cofres públicos porque ações executados em nome de todos, sem sua aprovação, retira-lhes o poder que possuem. E no exercício da autoridade política desta natureza, não se reconquista o equivalente do se perde.

No caso do Shopping a Céu Aberto de Taquaralto o paradoxo é gritante e expõe escolhas do Chefe do Executivo forçadas pelas circunstâncias políticas. Amastha nas duas campanhas eleitorais prometeu fazer o Shopping a Céu Aberto na Avenida JK e região.

A avenida, que já foi o mais movimentado centro comercial da cidade, hoje vive praticamente às moscas em grande medida pela “queimação” que a prefeitura fez com os consumidores/comerciantes com aquele estacionamento rotativo abusivo. Além do preço elevado, dificuldade de pagamento, multas e tais, o empresário não garantia segurança nos locais. Foram-se os anéis, ficaram os dedos.

O leitor do blog já foi apresentado a outra leitura sobre isso: os desdobramentos de um shopping a céu aberto na concorrência com shoppings privados. As dificuldades do consumidor (como já denunciam os empresários de Taquaralto) levam-no a outros centros comerciais. De outro modo: o investimento público em tais empreendimentos termina por concorrer para resultado positivo na outra ponta: nos shoppings genuínos e privados.

No centro, o prefeito, tudo indica, colocou de lado o projeto por força da resistência da elite política e econômica  da região onde se situam os moradores com maior poder aquisitivo e que impulsionaram os comerciantes hoje com seus estabelecimentos praticamente vazios a fazerem também muro de arrimo.  Em Taquaralto, pelo visto, só mesmo a Justiça para barrar o projeto.

 

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