O PMDB regional que não conseguiu expulsar a senadora Kátia Abreu até agora (nem espancando ou virando a semântica pelo avesso) deve viver um sábado assanhado: o seu maior líder no Estado, governador Marcelo Miranda, acossado pela Justiça Federal justamente por práticas criticadas pela parlamentar e que emolduram o afetado pedido de expulsão.

De outro lado, vê desidratar a “recomendação de suspensão” (e não expulsão) da Comissão de Ética na própria Executiva, confrontado o pedido com os estatutos e a excrescência moral de fazer do vício a virtude: o crime maior que o partido. Não sem razão, o senador Roberto Requião, um dos históricos do partido, apontou esta semana que a Senadora não será suspensa nem expulsa por falta de legalidade.

Para arrematar os peemedebistas do Estado, a Folha de São Paulo deste sábado informa que Kátia Abreu e a ex-presidente Dilma Roussef encontram-se hoje com o ex-presidente Lula (em caravana pelo Nordeste) em Salvador (BA) para discutir seus futuros políticos com o petista, em encontro marcado para a residência do governador baiano, Rui Costa.

Como se nota, pela forma como o PMDB de Marcelo, Derval e Michel tem conduzido suas ações políticas (e administrativas), Lula, enrolado até o pescoço com a Justiça, pode terminar (como indicam as pesquisas) retomando o Palácio do Planalto. Afinal, para a população, o PMDB e PSDB (referendado pelos processos no MPF/JF/STF) não diferenciariam em nada do PT de Lula.

De outro modo: enquanto Derval, Marcelo, Dulce, Josi defendem seu espólio, tentando expulsar Kátia, Lula e Dilma a paparicam, seguindo o que já fazem PSDB e PDT nacionais.

Como já disse: esse PMDB autêntico é velho não só na forma e método, mas nas idéias. Poderia muito bem cozinhar a Senadora até abril ou às convenções. Mas a burrice do fuxico afetado de comadres e compadres é-lhes inerente. O resultado não poderia ser pior: armaram um palanque para a Senadora que, agora, vê seu “valor de mercado” elevado por detentora de mercadoria preciosa. No país. Pensaram prejudicar e ajudaram Kátia que vinha circunstancialmente perdendo ativos que agora recupera na mesma “vibe”. Está fazendo (com a ajuda do próprio PMDB regional, seu adversário) de um limão,  limonada.

Dedução óbvia: tudo indica que o PMDB nacional não a expulsará, o PMDB regional ficará desmoralizado e a Senadora terá a prerrogativa de continuar no partido. Até mesmo de concluir: “agora é eu que não quero.” E partir para o palanque de Lula.

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