É cada um que prospera. A oposição ao PT (e a Dilma Roussef) movimenta seus seguidores nas redes sociais para defesa de eleições gerais este ano. A proposta, em tese, tem o mesmo viés de retirar a Presidente do Palácio do Planalto por pedaladas fiscais, fazendo uso da confusão deliberada entre crédito suplementar e operação de crédito.
Expediente cometido por todos os ex-presidentes, desde FHC , e, atualmente, pela maioria dos governadores. E que não sofreram por tal processo de impeachment.
E o que dizer das eleições gerais. Ora, a Constituição (e a legislação complementar) dispõe que as regras eleitorais tem que ser definidas um ano antes do pleito. A mesma Constituição que determina a posse do vice no impedimento do titular. Como fazer uma eleição com um vice investido no cargo legalmente?
Ah, mas o vice também pode ser cassado. Então tá. Mas não é a mesma Constituição que determina uma eleição para o cargo vago em 90 dias, se a vacância for nos dois primeiros anos do mandato? E indireta nos anos seguintes?
Eleições gerais seriam certamente mais um golpe do Congresso. Digo mais um porque retirar Dilma Roussef sem comprovação de improbidade administrativa já é um (o relator deve apresentar o relatório favorável ao impeachment nesta quarta).
E por que? Ora, senadores, deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores ganhariam a oportunidade de alongar seus mandatos em mais dois anos, com direito a reeleição. A indecência seria ainda maior se essas eleições gerais dissessem respeito apenas a presidente e a deputados e senadores.
E ainda tem gente que defende uma excrescência dessas.