Mauro Carlesse ao assumir o governo terá que exercer sabedoria. Ele será o sexto governador do Estado em nove anos. Somando o seu próprio mandato interino ao do governador eleito na suplementar e ao daquele a ser eleito (ou reeleito) em outubro, serão 10 governadores em 10 anos. Um governador por ano. Feito certamente inédito(e inusitado) na história da República brasileira.
Carlesse demonstra ser tranquilo e tem um patrimônio financeiro considerável de R$ 35 milhões declarados à Justiça Eleitoral em 2014 o que sugere não estivesse querendo fazer da política instrumento para adquirir seu pé de meia como tantos. Buscaria, pela lógica, poder político e nos países democráticos isto é um direito de qualquer cidadão.
Sua pouca escolaridade que os adversários realçam para refutá-lo na sua prática política, certamente não seria empecilho ao seu êxito pessoal no setor privado, o que induz ao raciocínio de que não tenha lhe feito muita falta. Muitos figurões com doutorado e pós-doutorado são flagrados, diariamente, metendo a mão no dinheiro público. Inclinação para o vício não tem correspondência com banco de escola
Como qualquer governador com uma caneta nas mãos, Carlesse terá que confrontar as necessidades do Estado com as orientações dos seus auxiliares. Com o mandato tampão curto, para muitos será esta também a distância entre o sujeito e o verbo, entre o vício e a virtude.
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