O governo demitiu comissionados e contratados. Pregou algo em torno de 1 mil e 300 demitidos na sexta-feira. No Diário Oficial de ontem, o governo demite 90 e contrata outros 30. É apenas um mero indicador com margens de erro para cima ou para baixo, mas pode apontar um princípio. Nas Secretarias, entretanto, já se nota os novos indicados por deputados, eliminando a condição de hipótese da tese colocada.
A mecânica e o mecanismo, deduz-se, parece mera repetição. Só não o é para os que foram demitidos. Dos 18.933 servidores contratados (números da Secretaria de Planejamento/outubro2017), 6.572 ganhavam até um salário mínimo, 5.744 entre um e dois mínimos, 1.039 entre dois e três e 4.989 entre quatro e cinco salários mínimos.
Agora o busílis: 28,36% dos contratos temporários (5.370) encontravam-se na Educaçao, 16,80% (3.180), no quadro geral, 22,20% (4.204) na saúde, e 32,64% (6.179) eram auxiliares de serviços gerais. Carlesse demitiu 60% neste setor. Nos comissionados, com salários superiores, ficou em 40%. O governo gasta R$ 12 milhoes para pagar 1.300 comissionados (uma média de R$ 9,2 mil) e R$ 49 milhoes para pagar 19 mil servidores (média de R$ 2,5 mil). Por aí se tem, grosso modo, a relaçao.
Talvez por isto, os governos não os demitiam: necessidade do setor e o baixo salário de quem já não tem nada com que contar.
Mauro Carlesse não titubeou: em dois dias mandou bala. Para contratar preencher com aliados, um terço das vagas abertas com os demitidos. Se se passaram apenas cinco dias do tal Ajusto, com um final de semana no meio.
A aceleração indica a troca de seis por meia dúzia, não fosse o desemprego de quem ganha menos do mínimo. O resultado disso aí é o demprego de vigilantes, merendeiras e faxineiras para ficar apenas nestes