Nas horas que antecederam a definição pelo nome do senador Vicentinho Alves, o ex-prefeito Carlos Amastha cogitou conversar com a direção nacional do PT. Foi refutado diante do posicionamento do presidente regional do partido, deputado Zé Roberto.
Para o PT, o Amastha da eleição suplementar era um, agora mostrava-se outro dando maior importância ao pragmatismo das alianças partidárias a princípios ideológicos. De outro modo: se PR e PSDB tivessem na chapa de Amastha na suplementar, o partido ali não estaria. Ainda que na suplementar, Amastha tivesse o apoio de Cíntia Ribeiro, prefeita da Capital, do PSDB como Ataídes.
O deputado Paulo Mourão disse a este blog ontem que a questão não é pessoal. Mas partidária. Ele também entende que Amastha, ao decidir-se pelo PR e PSDB, mostrou-se contraditório ao que pregava e que teria possibilitado a aliança petista.
Mourão ressaltou que até as diretivas elencadas pela Comissão de Reordenamento do Estado (qual era o presidente), Amastha tinha encampado. E agora certamente não poderá mais delas fazer uso como suas propostas de governo.
Já Zé Roberto tem sido coerente com a corrente petista que o colocou na presidência do partido no Estado. É um segmento mais orgânico que a outra ala, da ex-direção, mais afeita ao pragmatismo lulista.
O problema é que até decidir-se por impor o programa partidário, o deputado dá a entender que conversa com todo mundo. No primeiro turno da suplementar, com um candidato próprio na praça, foi ao lançamento da candidatura de Mauro Carlesse e da senadora Kátia Abreu.
E, agora, pode agrupar-se a Marlon Reis (Rede) que conversa com o conservador PSD. Um dos partidos que também foram a favor do impeachment de Dilma Roussef e que também abriga investigados da Operação Lava-Jato.
