O acordo firmado ontem entre as direções nacionais do PT e PSB de unirem-se contra o PDT (nas disputas presidenciais e regionais) pode não mudar o espectro de alianças que vem sendo costurado por Marlon Reis mas abastece seu arco de possibilidades de combustível suficiente para impor dificuldades à sua campanha eleitoral.

O candidato do Rede dá indicações de que formará uma chapa majoritária com PSD, PT e PDT. A orientação de Lula pode alterar a inclinação do PT. Da forma como se dão as negociações, o PT, com Marlon, seria aliado do Rede (que tem Marina Silva candidata a presidente), do PDT (de Ciro Gomes) e do PSD (que apóia Alkimin) quando a estratégia da direção petista ontem exposta é fragilizar candidaturas para dar chance a uma candidatura indicada pelo ex-presidente contra os tres, já que Lula certamente será declarado impedido de candidatar-se. E pelo menos ter chance de ir para o segundo turno com Jair Bolsonaro.

Do outro lado, o PSB – declarado ontem aliado nacional pelo PT por não disputar a presidência – tem uma candidatura colocada ao governo: o ex-prefeito Carlos Amastha. Ainda que o PSB tenha na chapa o PSDB e PR no Senado (ambos que também tem um candidato a presidente, Geraldo Alkmin). Na hora de pedir votos, entretanto, prevalece o cabeça da chapa majoritária. No caso, o PSB e que, no Estado, terá o Rede, de Marlon, como opositor. Tanto que o foco do acordo PT/PSB nos Estados (pela composição de ontem) são as candidaturas ao governo.

Marlon terá agora dois dificultadores: convencer o PT a não seguir Lula. Ou no melhor cenário, que não desembarque na campanha do PSB. E aí pode ver escapando entre os dedos o tempo de propaganda e fundo eleitoral do PT (em muito superiores aos do PDT/PSD/Rede), além da militância petista que Marlon tentou agradar tergiversando sobre a aplicação da Ficha Limpa (que diz ser o autor) na condenação do ex-presidente.

Sem perder de vista que o PT pode, a partir deste impulso, buscar pragmaticamente vaga na chapa proporcional do PSB para, pelo menos, manter os deputados que já possui no Legislativo.

Ademais, neófito na política, Marlon anda cometendo erros estratégicos relevantes que serão explorados na campanha eleitoral. Agora colocado como candidato competitivo, não terá a leveza que recebeu dos adversários na suplementar (foi quase ignorado pelos outros), quando pairou sobre o bem e o mal fazendo uso de argumentos facilmente derrubáveis, como já o fez o Antagonista e até mesmo este blog.

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