Na manhã desta quarta já era grande o alarde nas redes sociais com ameaças de desabastecimento na Capital em função do fechamento das rodovias pelos caminhoneiros. Combustível e alimentos, deduz-se, poderão faltar.

No Supermercado Extra, em Palmas, era essa a situação da gôndola verduras ao meio dia de hoje. Não havia o produto e um bilhete explicava os motivos: falta de entrega.

Os caminhoneiros prometem parar o país. E podem mesmo. Os brasileiros são dependentes das rodovias, um modal de transporte muito mais caro que as ferrovias e as hidrovias.

O Tocantins, um Estado essencialmente consumidor, termina sendo mais afetado por uma paralisação dessas. Importa muito mais do que exporta. E o que exporta, segue pela ferrovia.

Uma ferrovia corta o Estado mas é praticamente utilizada no transporte de commodities para os portos do Norte do país. Exportações que trazem dólares mas não atendem a necessidade imediata da população de combustíveis e de alimentos ainda transportados por rodovias.

O Brasil (dados de 2012) gastava 11,5% do seu PIB com logística de transporte e os Estados Unidos apenas 8,2%. Mais de 60% da produção brasileira é transportada por caminhoneiros, ainda que o transporte rodoviário seja o mais caro: US$ 51,75 a tonelada por  km transportada (2010)- estudo da Fiesp. O mesmo registra que a média internacional do preço do transporte rodoviário é de RS$ 14,00.

Já nas ferrovias, o mesmo estudo da Fiesp registra que o preço da tonelada por km transportado no Brasil é de US$ 47,24 contra uma  média internacional de US$ 7,00.Já no modal ferroviário, o preço país ainda é alto por força do número de ferrovias em operação: US$ 74,67 por km transportado contra uma média internacional de US$ 4,76.

Há projetos para a hidrovia do Tocantins e ferrovias cortando o país de forma transversal (de Leste a Oeste), mas o governo não leva adiante. Enquanto isto não ocorre, a população fica dependente de setores, como dos caminhoneiros, que ainda reivindicando seus direitos, prejudicam o daqueles que não tem nada a ver com o pato.

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