Em greve geral desde o dia 25 de fevereiro, os policiais civis realizam, nesta quarta-feira, a partir das 8 horas, um café da manhã na frente da Garagem Central do governo do Estado com posterior mobilização na Ponte Fernando Henrique Cardoso, que liga Palmas a Paraíso. Com a mobilização, os policiais querem chamar a atenção do governo do Estado para que exista uma negociação com a categoria.

Os policiais protestam contra o decreto do governador Marcelo Miranda que suspendeu os efeitos financeiros da lei 2.851/2014. A lei, conquista histórica da categoria que demorou mais de oito anos para ser consolidada, faz o alinhamento da carreira da Polícia Civil, deixando apenas um nível na corporação.

Audiência - O Sindicato dos Policiais Civis emitiu nota na noite de ontem avaliando que o governo do Estado "mais uma vez mostrou, nesta terça-feira, 10 de março, sua total falta de interesse em negociar com os policiais civis, que estão em greve geral desde o dia 25 de fevereiro. O Executivo estadual não mandou sequer um representante para audiência pública na Assembleia Legislativa que debateu questões de segurança."

A nota prossegue: “O governo diz estar aberto ao diálogo, mas o governador não mandou sequer um secretária para audiência pública realizada aqui na Assembleia. O que governo diz para a imprensa não corresponde a verdade”, destacou o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins), Moisemar Marinho. Segundo ainda o Sindicato, os presidentes de associações de praças da Polícia Militar, de Cabos e Soldados e das mulheres dos PMS discursaram e deram total respaldo à luta dos Policiais Civis.

No seu discurso - ainda conforme a nota-  o presidente Moisemar Marinho lembrou que o alinhamento da carreira da corporação, conquista histórica tirada dos policiais civis por meio de um decreto, custaria cerca de R$ 2,47 milhões em 2015, ou seja, menos de 1% da folha de pagamento.Além disso, destacou que o governo do Estado editou e já republicou a Medida Provisória n.º 6, que dá ao Executivo uma estrutura de R$ 11,7 milhões apenas com cargos de confianças. O valor é quase cinco vezes superior ao que o governo gastaria com o alinhamento da carreira.

O líder sindical - como informa a nota do Sindicato -  ainda denunciou que o governo do Estado trabalha para colocar a Polícia Militar contra a Polícia Civil. Contudo, ele ressaltou que a estratégia não vai dar certo, já que os policiais estão unidos na defesa da sociedade. “O comandante da PM plantou quase todo aquele material apresentado após a revista da CPPP”, destacou Moisemar, ao explicar que as facas artesanais e celulares apresentados pela PM já haviam sido capturadas pela própria Polícia Civil e são resultados de mais de dois anos fazendo revistas.“Nós estamos abertos para o diálogo, mas o governo nunca fez proposta. O governo mostra que não quer dialogar”, disse Moisemar Marinho.

Os policiais entraram em greve - segundo a nota - pós aguardar, e não receber, uma proposta sequer da administração estadual para o cumprimento da lei 2.851/2014, que teve seus efeitos suspensos por decreto do governador Marcelo Miranda.A lei regulamenta conquista histórica dos policiais civis, com o alinhamento da carreira de cerca de 1,3 profissionais. O alinhamento foi promovido pelo próprio governador Marcelo Miranda em 2007, na sua penúltima gestão. Porém, só foi regulamentada em abril do ano passado, para ter efeitos financeiros parcelados em quatro vezes a partir de 2015.

Para suspender os efeitos da lei, avalia o Sindicato,  o governo alega dificuldades financeiras, mas a parcela do alinhamento de 2015 representa apenas 1% da folha salarial do Executivo Estadual e cerca de 21% do que governo vai gastar para pagar os seus cargos comissionados mensalmente.

Deixe seu comentário:

Dando continuidade às vistorias nas unidades de saúde pública de Palmas, nesta quarta-feira, 19, promotores de Justiça e servidores do Ministério Público do Tocantins, aco...

As unidades do Judiciário de Araguaína estão em fase de mudança para o novo Fórum da cidade, mas algumas já iniciaram suas atividades. A Vara de Violência Doméstica, o Jui...

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, finalizou mais um curso para os funcionários da fazenda Dois Rios em Lagoa da confusão. Dessa vez a instrutora do SENAR Adeuma Bo...