O grupo da senadora Kátia Abreu decidiu na noite de ontem não participar, com apoios, do segundo turno das eleições.  A reunião contou com a participação dos presidentes do PDT, PSD, PEN, Avante e PSC.

O grupo antecipou ainda que vai participar das eleições de 7 de outubro e que estaria aberto a composições com outras siglas partidárias. A decisão, evidentemente, leva a dedução que os partidos manterão apoio a uma nova candidatura da senadora Kátia Abreu, a maior liderança da coligação, quando a apontam como sua coordenadora.

É uma decisão sensata na medida em que respeita o projeto político-administrativo do grupo. Mas certo modo inquietante dado fundado numa aposta que os eleitores, que não concordaram com esse projeto na suplementar, com ele seguiriam nas eleições normais.

Projeto a que o grupo pede, agora, de forma paradoxal, adesão quando se diz aberto a outros partidos que, pela lógica do próprio grupo, se ali não estavam era porque os seus projetos não convergiam para o projeto político do grupo. Ou mudou um ou mudou o outro.

Diferente de Carlos Amastha (também derrotado e seu provável adversário em outubro) que, mesmo não apoiando explicitamente um candidato no segundo turno, demonstra preferencias (atraindo futuras aproximações e votos), não fechou-se em copas e parece não querer guardar meses sabáticos até outubro. Expediente que o grupo da senadora Kátia Abreu demonstra também querer dizendo-se aberto a novos partidos dando a entender que antes não o estaria.

A senadora Kátia Abreu é uma das maiores lideranças que o Estado já teve. Coordenou cinco mil sindicatos rurais no país, presidiu a CNA e a modernização do agronegócio, responsável pelo superávit da balança comercial brasileira, 30% do PIB do país e mais de 30% dos empregos nacionais. Foi responsável direta pela derrubada da CPMF e pelo Código Florestal. Aproximou o governo petista dos produtores rurais, antípodas ideológicos históricos, e conseguiu com isto que os produtores participassem junto com ministérios da elaboração dos anuais planos safra. 

Foi ministra da Agricultura (o primeiro político do Estado a ocupar um cargo deste porte), priorizou milhoes de suas emendas parlamentares para saúde e educaçao. E sem ela, nao teria saído o Matopiba nem a hidrovia do Tocantins teria andamento. Tecnica e políticamente, criticar a Senadora se aproxima de reacionarismo e preconceito ideológico e de genero. Ainda que tenha o genio dos insatisfeitos e incompreendidos.

Mas, a priori, o seu grupo parece insistir na mesma estratégia que legou a um ativo político desses, o quarto lugar no primeiro turno. Tipo assim: nós não apoiaremos ninguém, mas estamos aberto a quem quiser nos apoiar.

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