Fora o parcelamento da folha de salários (agora em dois grupos) – a meio caminho do parcelamento dos vencimentos -  o governo está paralisado há dois meses. E não há conhecimento de projetos a curto prazo. Situação em que até mesmo divulgação de índice de distribuição de ICMS (já previsto na lei) é utilizado para preencher o vazio de governança, como na edição deste domingo do Jornal do Tocantins.

O Palácio Araguaia se dedica há três meses a formular intenções que não se transformam em resultados práticos. Tome-se, para mero raciocínio, o programa de ajuste (Ajusto), algorítimo da campanha eleitoral. O governo gastou de janeiro a junho o equivalente a R$ 4,5 bilhões (www.transparência.to.gov.br de hoje). Destes, R$ 2,3 bilhões em três meses do governo interino e R$ 2,2 bilhões em três meses do governo Marcelo Miranda (despesas empenhadas). Aí considerando que Marcelo pagou em 2018, salários de 2017.

Ainda que se considere esse fator, o governo interino acelerou mais as despesas com pessoal. Do total de R$ 2,8 bilhões empenhados de janeiro a junho, R$ 1,3 bilhões dizem respeito a despesas de Marcelo e os outros R$ 1,5 bilhões do governo interino. Ou: nos mesmos três meses de administração de cada um, o governo interino gastou R$ 300 milhões a mais com servidores. Sem debitar, em Marcelo, os pagamentos de 2017 que fez com o orçamento de 2018, expondo os pagamentos de Mauro Carlesse como dívidas com pessoal por ele determinadas no seu exercício do cargo.

A situação é mais crítica. Somando as despesas de custeio, pessoal e serviço da dívida, o governo gastou de janeiro a junho o equivalente a R$ 3,9 bilhões. Ou seja, 86% de todas as despesas com a manutenção da administração e dívida. De investimento no serviço público (atividade fim do governo) só empenhou R$ 88 milhões. Apenas 1,9% das despesas.

Não é um problema criado pelo governador interino. Mas por ele agravado em função do seu projeto político que dá recibo às suas tentativas de eximir-se das responsabilidades como é a inquietante justificativa para a insolúvel questão da saúde pública, terceirizando problemas, jogando para fornecedores o ônus de sua solução. Como se o Palácio nada tivesse na esculhambada relação entre a Administração e empresas contratadas, como é o caso da lavanderia e alimentação nos hospitais.

E tudo indica que assim continue: não há projeto de curto prazo que não atrair apoios para outra eleição daqui a três meses.

 

 

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