O ex-governador Mauro Carlesse mexeu ontem com o cenário político da sucessão.

A revelação ontem de que vai percorrer o Estado (ao Bastidores da Política/TV Norte SBT Tocantins) adiciona novo ingrediente à pré-campanha em curso.

Mauro Carlesse – após quase não se eleger deputado - derrotou a maioria da classe política em duas eleições seguidas em 2018 para governador.

Na suplementar, venceu o então senador Vicentinho Jr com 75% dos votos e nas eleições gerais Carlos Amastha com 57,39% dos votos.

O ex-governador quer esclarecer ao eleitor os motivos de sua prisão, a falta de provas nos quatro inquéritos (processos paralisados) desde o seu afastamento e os resultados do seu governo. Nenhuma condenação. Ou seja, elegível.

Como é necessário sentença transitado em julgado ou de órgão colegiado para ficar fora, a Justiça teria que correr com o processo para retirá-lo da sucessão de outubro do próximo ano. De difícil consecução porque ainda está na fase de instrução.

Leva para a frente do palanque o discurso dos indignados e números positivos de sua administração.  Com efeito, iniciou o ajuste fiscal.

A falta de provas a validar as acusações e o correr dos inquéritos, por outro lado, lhes dão o papel de vítima de grupos políticos que teria derrotado.

Um discurso de fácil assimilação pelo eleitor. Marcelo Miranda que o diga, eleito após a primeira cassação.

De fato, as acusações contra o ex-governador são graves. Mas Gaeco, MPE e a Justiça, decorridos quatro anos, não apresentaram as provas para que Mauro Carlesse possa fazer sua defesa técnica.

A Justiça Criminal estadual teve que pescar uma gravação em investigação na Justiça Federal para tentar comprovar a necessidade da prisão.

Expediente considerado ilegal pelo STJ. O próprio MPF não havia feito uso das gravações. E revogou a prisão preventiva.

De outro modo: Mauro Carlesse está na pista. E a revelação de que tem sido procurado por lideranças e deputados (até na prisão) indica que é disputado ainda para dançar.

 

 

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