O governo deve fechar o exercício com um déficit primário (negativo) de cerca de R$ 900 milhões. O equivalente a 8,4% do orçamento e o dobro de 2017. Isto numa análise conservadora retirando os passivos trabalhistas (progressões, Igeprev, Plan-saúde, consignados), precatórios, restos a pagar e dívidas não pagas no ano.
E sem contabilizar as previsíveis perdas de arrecadação com a redução da expansão (queda) do PIB, pelo Banco Central, de 2,50% para 1,9% que implicará numa tungada de R$2,5 bilhões na previsão orçamentária de R$ 10,7bilhões para 2018.
O valor do déficit que é possível estimar (com pouca margem de erro) é resultado da soma do déficit primário previsto na Lei Orçamentária de 2018, da ordem de R$ 474 milhões negativos e os R$ 400 milhões (7,7%) de correção salarial de todos os poderes, concedida na semana passada e que não tinha previsão orçamentária.
Para se ter uma idéia do descalabro de suas excelências deputados e governo do Estado do Tocantins (não sem o apoio dos grupos corporativos que dele se beneficiam) o governo federal prevê (meta) para este ano um déficit nas contas públicas de R$ 159 bilhões. Isto significa 4,5% do orçamento da União, da ordem de R$ 3,5 trilhões para 2018.
O déficit de 8,4% do orçamento de R$ 10,7 bilhões que se pode inferir da execução orçamentária no Tocantins é, portanto, só nisso aí (sem as outras dívidas) 86% superior ao buraco do governo Michel Temer e que levou o país à retração econômica e à falência do Estado.
Um caso de hospício. Ou de polícia. Com 55% da população sobrevivendo com menos de cinco dólares por dia.
