O anúncio oficial na noite de ontem da aliança entre o PSDB e o PSB era perfeitamente esperado. Carlos Amastha já tem praticamente pronta a chapa majoritária: ele na cabeça, com o empresário José Joao Stival de vice e o senador Ataídes de Oliveira como senador.

A oficialização da coligação com o PR do senador Vicentinho Alves pode estar merecendo maior tempo de maturação.  Afinal, de ambos os lados foram expostas declarações ambíguas e dúbias. Primeiro de Thiago Andrino (muito próximo do ex-prefeito) e depois do prefeito Moisés Avelino, aliado de Vicentinho.

A de Andrino pode-se até considerar como um espasmo com a finalidade de apenas “dourar a pílula”, naquela de “é virgem só que morou no Rio de Janeiro”, uma avaliação de um adolescente na política. Já a de Moisés é carregada de um simbolismo maior por oriunda de um ex-governador com mais anos de experiencia. 

Ainda que sua passagem pelo governo do Estado (91/94) não tenha sido essa Coca-Cola toda e tenham sido registradas, sim, em seu governo, muitas denúncias de corrupção na Secretaria de Infraestrutura e Fazenda. Acusações que não conseguiram, entretanto, comprovar o seu envolvimento.

Avelino, como é sabido, tem maior dificuldade para fazer política proporcional à sua capacidade para esquecer desavenças pontuais. Seu apoio a Vicentinho é relevante ao senador por trazer parte do MDB para seu palanque que já tem Marcelo Miranda. E só. Situaçao que, em tese, implicaria, eleitoralmente, na relativização, não de princípios, mas da oportunidade para exposição de conflitos que, em absoluto, caberia tendo em vista as finalidades circunstancialmente buscadas.

Ontem anunciou-se um encontro de Carlesse com Avelino. Ou seja, o governador teria deixado o Palácio, no meio do expediente, para conversar política com Avelino em Paraíso. Sentiu o cheiro de queimado, intui-se, e foi lá sondar terreno afinal quem não quer em sua chapa para senador aquele que foi seu principal adversário nas eleições suplementares!!! De obras e gado é que não falaram.

Ademais, uma chapa com Amastha, Vicentinho, Ataídes e José João Stival não teria certamente problemas de estrutura. Somadas as declarações de renda dos quatro (2014/2018), seus patrimônios alcançam a cifra dos R$ 84,3 milhões. Foram R$18,9 milhões (Vicentinho/2018), R$ 15,7 milhões (Amastha/2018), R$ 28,1 milhões (Ataídes/2014) e R$ 21,6 milhões (José João/2014). Uma chapa imbatível no Estado do ponto de vista financeiro.

 

 

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