Os postos de combustíveis de Palmas (e da maioria das cidades do Estado) estão zerados. Os supermercados em processo acelerado de desabastecimento e o governador do Estado, Mauro Carlesse, divulgando o apoio do governo à greve dos caminhoneiros que interdita a passagem de caminhões em pelo menos 13 pontos nas rodovias estaduais, estrangulando o Estado.

Ontem, ali em Luzimangues, eram os caminhoneiros que escolhiam (a poucos metros de um posto policial) quem podia abastecer e a quantidade de combustível que o consumidor poderia comprar de uma carga que teria sido disponibilizada. Daqui a pouco estarão na porta dos supermercados regrando a quantidade de alimentos que o consumidor pode levar para casa. E Mauro Carlesse no périplo eleitoral.

Stalinismo puro. Se bem que a maioria não sabe quem foi Stalin nem o que era o regime stalinista. Não lembram, não viveram (nem leram) sequer sobre as ditaduras mais próximas: Cuba e o regime autoritário de direita do Brasil pós 64. Ou seja: o movimento é pacífico desde que submetido à vontade do caminhoneiro. Todo mundo pode ir e vir, desde que o caminhoneiro deixe. Se está nas suas mãos a decisão de deixar, também estaria a de não concordar com seu direito de ir e vir. Os burricos que não andam apenas com duas patas no chão os aplaudem.

Na tarde de ontem Exército e a Petrobras, não sem constrangimento, preocupavam-se com o comportamento de Mauro Carlesse e sua não participação na reunião/discussão feita ontem pelos governadores do Centro Oeste (ali incluído o Tocantins, por afinidade) sobre estratégias para dar alguma estrutura à população sem comida e combustível.

Os governadores estão preocupados e determinando as polícias a desobstruírem rodovias. Praticamente todos os Estados estão tentando dar alguma estabilidade e segurança às pessoas que já não tem sequer gas de cozinha. E Mauro Carlesse inerte. Ontem foi provocado pela preffeita de Palmas, Cíntia Ribeiro, que cumprindo sua responsabilidade acionou a Justiça para obrigar o governo a reagir e agir.

O governo Mauro Carlesse, tudo indica, é um governo alienado, um barco sem direção e sem comando. O Estado vai passar por um tsumani depois dessa greve o que imporia ações enérgicas e imediatas do poder constituído para, pelo menos, diminuir os prejuízos.

Governos e economistas sérios avaliam que vai demorar de 10 a 15 dias para voltar à normalidade. Até lá, a população vai conviver com falta de combustíveis, alimentos, oxigênio, comércio paralisado, indústria fechada, produtores rurais sem produção, frigoríficos fechados, com desdobramentos diretos na arrecadação do governo. Economia parada, recursos bloqueados.

Só para se ter uma idéia, o setor de combustíveis representa 35% da arrecadação do Estado. De janeiro a julho de 2017 (só para efeito de raciocínio) representou uma arrecadação de R$ 569,84 milhoes. Já o de bebidas arrecadou R$ 132,8 milhoes (8,18%), veículos automotores, R$ 97 milhoes (5,98%), energia elétrica, R$ 156,8 milhoes (9,66%) e telecomunicações,R$ 116,2 miloes (7,16%). São as cinco atividades econômicas principais que seguram a arrecadação. E, portanto, o orçamento do governo. Todas elas, diretamente prejudicadas pela greve dos motoristas de caminhão/transportadoras que o governo Mauro Carlesse está dando apoio.

Ao contrário dos outros governadores mais responsáveis que entendendo a questão e suas implicações na atividade econômica e na população, determinam desbloqueio das pistas e se ocupam em fazer tratativas com os grevistas para, pelo menos, diminuir o impacto dos prejuízos para o Estado e o país. Já na casa dos R$ 10 bilhoes (como anunciou ontem o governo federal) que sairão do bolso do contribuinte que também enfrentará o aumento da inflação nos produtos como já ocorre.

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