Não é uma chapa desprezável essa formada por Carlos Amastha, Vicentinho Alves e Ataídes de Oliveira. Reúne três grandes partidos (PR, PSB e PSDB), dois senadores com mandato e um ex-prefeito de Capital. Eleitoralmente, carrega dois dos três mais votados na eleição suplementar.
Os três tem serviços prestados. Negá-los pode constituir-se em erro. Amastha, ainda que receba críticas pontuais, fez trabalho melhor que seu antecessor e tem o apoio da prefeita da Capital, o maior colégio eleitoral do Estado. E tanto Vicentinho quanto Ataídes tem atuação destacada no Senado. Seja político-partidária, nas discussões de projetos nacionais como na viabilização de recursos orçamentários. O PSDB administra Gurupi, o terceiro colégio eleitoral do Estado.
Serão confrontados certamente, portanto, mais do ponto de vista ideológico que pragmático. Amastha por sua suposta volatilidade, pendões autoritários e incoerência principial. Vicentinho e Ataídes pela carga de seus partidos. Ambas as legendas envolvidas em denúncias da Operação Lava-Jato mas que não citam os dois senadores. Em política, o acessório nem sempre segue o principal que não o subordina.
Vicentinho reuniu na semana passada mais de 80 prefeitos por sua candidatura. Só o PR tem 16 prefeitos. O PSDB pode agregar a Ataídes os votos que entregaram a Carlesse na suplementar quanto o partido não registrou candidaturas e 21 prefeitos apoiaram o governador.
Ainda que seus adversários tentem demonstrar fragilidades na composição, é uma majoritária competitiva. E, até aqui, com a falta de definição de outros partidos, a única que se apresenta com condições operacionais, apoio logístico e de densidade eleitoral para enfrentar a máquina do Palácio Araguaia comandada pelo governador Mauro Carlesse.
