As circunstâncias empurrariam, sob a razão, os pretensos candidatos ao governo do Estado exercitarem a prudência à providência. Ainda que poucos a exerçam (ou sequer a tenham como tática de uma estratégia) é elemento da equação capaz de alavancar projetos ou de enterrá-los.
Há menos de uma semana PMDB e PR convergiam. Uma situação fática que congelou uma possibilidade de aliança do Palácio Araguaia com o PSB.
De outro modo: Marcelo Miranda e Vicentinho Alves botavam a “gata pra parir” em Carlos Amastha que, ato contínuo, deu gás a conversas de aliados com a senadora Kátia Abreu. Apesar das divergências pontuais insofismáveis.
Aí veio a delação do Friboi e, na sequência, espera-se a delação de Valdemar Costa Neto (PR). Depois do tsumani da Odebrecht que deixou o PMDB como terra arrasada.
Até agora não se provou nada contra Kátia Abreu (poupada antecipadamente pela Friboi) e Marcelo Miranda.
Marcelo, entretanto, pode sofrer consequências de outros processos, tanto no STJ como no TSE enquanto a parlamentar (que não deixou o partido apesar da Executiva regional) é assediada pelo PSDB. E Amastha se movimenta sob o fio de navalha do TCE e do Ministério Público (federal e estadual).
A situação é tão delicada, improvável e imponderável que, nisto tudo, não estaria sequer descartada uma candidatura de Kátia Abreu pelo ...PMDB. Com o apoio de Luis Inácio Lula da Silva, dada a aliança informal do PT com o partido de Michel Temer, mesmo após o golpe que o partido deu em Dilma Roussef, a pretexto de defenderem-se mutuamente.
Ou seja: tudo escuro mas os candidatos estão cantando (como nos versos de Thiago de Melo). O poeta amazonense, entretanto, falava do obscurantismo da ditadura. E não de uma razão necessária em época de liberdades.