A gente tem que processar cada uma dos políticos e seus tributários. Aliados de Mauro Carlesse estão amplificando que a prestação de contas do governador eleito (que apresentou valores menores que Vicentinho Alves e Kátia Abreu) estariam comprovando o não uso da máquina pública pelo então candidato palaciano, interino no cargo. E derrubando a tese de seus adversários (e da Polícia Federal, Ministério Público e Justiça Eleitoral).
Só faltava essa: um governador interino disputando o mandato de governador informar na sua prestação de contas o uso político-financeiro de seu governo na campanha eleitoral. Tipo assim: R$ 1 milhão de emendas liberadas, dois veículos cedidos pelo Ruraltins, R$ 3 milhões de convênios firmados. É cada uma!!!
A lógica indicaria justamente o contrário: o uso de recursos públicos (financeiros e operacionais) na campanha, comparado ao que declarou para eleger-se e os valores declarados por seus adversários não eleitos. Ainda que não seja improvável que alguém gaste menos e consiga mais.
Agora, tentar convencer alguém de que não teria feito uso da máquina, por declarar oficialmente menos recursos à Justiça Eleitoral, é daquelas pérolas dignas de entrar para a história. Sem precisar, sequer, suscitar o caixa dois.