O governo destacou na mensagem nesta terça na Assembleia Legislativa o fato do Estado estar na letra B+ da Capag.
O Política & Acessórios explicou sobre isto no início de dezembro. O + seria a qualidade dos números contábeis (transparência). E não a melhora dos números.
Hoje, entretanto, a situação é um pouco pior. Nada que já não tivesse sido antecipado aqui em dezembro.
A Capag atualizada no dia 15 de janeiro de 2025 pela Secretaria do Tesouro Nacional mantém a letra B+.
Mas os números despencaram não justificando a efusiva celebração dos deputados e de setores da imprensa.
Aliás, celebração que não fizeram quando os números eram altamente positivos e destacados por aqui dada importância do ajuste fiscal levado adiante por Wanderlei Barbosa.
O Estado tinha no ano passado A (endividamento), A (liquidez) e B (poupança corrente).
Hoje tem A (endividamento), B (Liquidez) e B (poupança corrente).
Muito embora tenha melhorado na poupança (passou de 88,94% para 90,15%) e no endividamento que caiu de 31,94% para 25,87%.
A liquidez caiu da letra A (36,80%) para B (4,66%). Com efeito, o governo torrou suas disponibilidades de caixa fechando 2024 com R$ 9,2 milhões negativos (nos recursos não vinculados).
Somando os recursos vinculados (de que não pode fazer uso discricionário), a disponibilidade de caixa líquida sobe para R$1,069 bilhões.
Tinha fechado o segundo quadrimestre (agosto) com R$ 2,9 bilhões de disponibilidade de caixa. Se está diante de uma sangria em menos de quatro meses.
Num Estado que previa R$ 13,2 bilhões de receitas e arrecadou R$ 16,2 bilhões, algo necessita de calibragem.